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5 Séries de Fantasia para Maratonar

Isabela Ortiz Student Contributor, Casper Libero University
This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter and does not reflect the views of Her Campus.

Com a estreia da nova temporada de The Witcher, os fãs de fantasia ganharam mais um motivo para mergulhar em universos repletos de aventuras, mistérios e criaturas lendárias. Mas o bruxo Geralt de Rívia está longe de ser o único protagonista desse gênero tão amado.

De histórias sombrias marcadas por intrigas políticas a tramas que exploram magia, amadurecimento e laços familiares, essas são cinco séries de fantasia imperdíveis para você maratonar e se perder em mundos cheios de chaves mágicas, profecias antigas e heróis improváveis.

Shadowhunters

A adaptação dos livros de Cassandra Clare ainda divide opiniões até hoje. Lançada em 2016, a produção da Freeform é baseada na saga Os Instrumentos Mortais e acompanha Clary (Katherine McNamara), uma jovem que sonhava em ser artista mas tem sua vida completamente transformada após o misterioso desaparecimento da mãe.

Enquanto tenta encontrar pistas sobre o sumiço, Clary descobre um mundo secreto que coexistia com o seu, onde anjos, demônios, lobisomens e vampiros são reais. A partir daí, ela precisa aprender a lidar com criaturas sobrenaturais, compreender o passado da própria família e dominar habilidades que até então estavam escondidas.

Mesmo que a série não siga fielmente os livros, Shadowhunters é uma ótima indicação para quem busca uma história cheia de romance, mistério e ação. Além de trazer cenas bem construídas e um elenco carismático, a produção consegue equilibrar drama adolescente com elementos de fantasia, sem perder o tom sombrio do universo criado por Clare.

A série também apresenta uma releitura interessante de figuras clássicas da fantasia, como feiticeiros e vampiros. Oferecendo um olhar mais moderno sobre essas histórias, a obra explora dilemas humanos como amor, amizade e lealdade em meio a um mundo repleto de magia, perigos e intrigas. 

Sombra e Ossos

Baseada no universo literário conhecido como Grishaverso, da autora Leigh Bardugo, a história se passa em um universo completamente fictício, cheio de magia, guerras e intrigas políticas. Nela, conhecemos Alina Starkov (Jessie Mei Li), uma jovem órfã convocada como cartógrafa no exército de Ravka, um país dividido por uma imensa barreira de sombras que partiu o território ao meio causando uma grande destruição. 

Durante uma missão na barreira, Alina acaba despertando um poder raro, capaz de manipular a luz, a última esperança para destruir as sombras e unir novamente o país. A partir daí, sua vida muda completamente: de uma simples soldada, ela passa a ser vista como a “Invocadora do Sol”. No entanto, junto com o poder, vêm também os perigos e as manipulações políticas, que colocam Alina no centro de uma luta pelo controle de Ravka.

Assim como em “The Witcher”, aqui temos intrigas políticas, traições e mistérios que precisam ser resolvidos o mais rápido possível. Nesse universo, ninguém é totalmente confiável: a manipulação pode vir de todos os lados e cada personagem parece estar sempre um passo à frente, traçando seus próprios planos para alcançar o poder. A jornada de Alina não é apenas sobre descobrir quem ela é, mas também sobre aprender em quem pode realmente confiar.

O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder

A história que antecede os acontecimentos do tão famoso livro de J.R.R. Tolkien também ganhou uma adaptação pela Prime Video. Depois de anos das adaptações de O Senhor dos Anéis e “O Hobbit”, “Os Anéis do Poder” chegou para contar o passado desse universo e explicar melhor as origens do mal que o corrompeu. A série nos leva de volta à Segunda Era da Terra-média, muito antes das aventuras de Frodo e Bilbo, mostrando como o poder, a ganância e a ambição moldaram o destino de todos.

Nessa adaptação, temos a chance de conhecer uma versão mais jovem da lendária elfa Galadriel (Morfydd Clark), que luta com toda sua força para impedir que as trevas voltem a dominar o mundo. Ao longo da trama, acompanhamos sua busca incansável por vingança e justiça, além de vermos o surgimento de figuras e acontecimentos que, mais tarde, se tornaram fundamentais para a história que conhecemos nos filmes. 

Com certeza o passado das Terras Médias é o ponto alto da trama, mas os episódios podem ser um pouco arrastados e demorados em alguns momentos. Isso acontece porque acompanhamos vários núcleos de personagens e nem todos estão diretamente ligados à linha de frente da guerra. Ainda assim, cada arco contribui para ampliar o universo e mostrar como diferentes personagens e histórias se conectam nesse mundo criado por Tolkien.


Por enquanto, a série conta com duas temporadas já lançadas e uma terceira confirmada, em fase de produção. Isso significa que ainda há muitas pontas soltas e um longo caminho pela frente até chegarmos nos eventos que antecedem a jornada de Frodo.

His Dark Materials

A adaptação dos livros de Philip Pullman para a HBO trouxe um ar muito mais sóbrio e maduro para esse universo em comparação ao filme de 2007, que adaptou apenas o primeiro livro da trilogia, A Bússola de Ouro. His Dark Materials aprofunda temas filosóficos e religiosos, explorando de forma mais complexa as questões morais e existenciais que o filme deixou de lado.

Nessa história, conhecemos Lyra Belacqua (Dafne Keen), uma jovem destemida que tem uma relação conturbada com a mãe e ainda mais distante com o pai. No universo em que vive, cada pessoa possui um ‘daemon’, uma manifestação física de sua alma em forma de animal.

Após fugir de casa em busca do pai e seu melhor amigo Roger (Lewin Lloyd), Lyra acaba se envolvendo em uma jornada que vai muito além do que imaginava. Ao lado de Will (Amir Wilson), um garoto de outro mundo que também se vê longe de casa, ela descobre segredos sobre o controle do conhecimento e o papel que ambos desempenham em uma antiga profecia capaz de mudar o destino de todos os mundos.

Além de trazer grandes nomes no elenco, como Lin-Manuel Miranda, Ruth Wilson e James McAvoy, His Dark Materials também se destaca por levantar questionamentos profundos sobre moralidade, fé e escolhas. Mesmo os personagens adultos, que deveriam representar autoridade e sabedoria, frequentemente tomam decisões duvidosas, o que faz o público refletir até onde é possível ir em nome de um objetivo maior. A série não tem medo de mostrar o lado sombrio das intenções humanas, tornando-a ainda mais interessante.

Outro ponto alto é o final da terceira temporada, que surpreende por fugir do clichê. Ele é melancólico e intenso, uma conclusão que encerra a história de forma digna e tocante, deixando uma mensagem sobre amor, sacrifício e amadurecimento.

Locke and Key

Em Locke & Key conhecemos os três irmãos Locke, que, após o assassinato repentino do pai por um de seus ex-alunos, se mudam com a mãe para a antiga casa da família na pequena cidade natal do patriarca. O que parecia apenas uma nova tentativa de recomeço se transforma rapidamente em um mistério quando o caçula, Bode (Jackson Robert Scott), descobre que a casa guarda segredos extraordinários, chaves mágicas capazes de abrir portas misteriosas e conceder poderes inimagináveis a quem as utiliza.

Com o tempo, Tyler (Connor Jessup) e Kinsey (Emilia Jones), os irmãos mais velhos, também passam a conhecer esse segredo e logo percebem que não são os únicos interessados nas chaves. Forças sombrias estão à espreita, dispostas a tudo para obtê-las. Agora, para proteger sua família e enfrentar o mal que os ronda, os irmãos Locke precisarão decifrar os mistérios do passado e, acima de tudo, permanecer unidos.

A série da Netflix, que adapta os quadrinhos de Joe Hill, apresenta tramas envolventes que realmente prendem o público, equilibrando mistério, fantasia e emoção. Com uma narrativa voltada para um público mais jovem, Locke & Key mostra não apenas como os personagens lidam com o luto e os segredos sombrios da família, mas também como tentam viver uma adolescência minimamente normal e divertida.

Esse contraste torna a história ainda mais próxima do espectador, afinal, é fácil se imaginar nas decisões impulsivas dos personagens, que muitas vezes usam as chaves de forma inconsequente, buscando apenas os benefícios momentâneos, sem perceber o perigo que isso pode trazer.

Fantasia além da magia

Mais do que criaturas lendárias e magos poderosos, as séries de fantasia continuam a encantar o público porque, no fundo, falam sobre o que é ser humano: nossos medos, escolhas e o desejo constante de transformação.

Entre portais, reinos e feitiços, essas histórias mostram que a fantasia não é apenas um refúgio, mas um espelho. Um lugar onde a imaginação se torna o maior poder de todos.

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O artigo acima foi editado por Olivia Nogueira.

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Isabela Ortiz

Casper Libero '27

Estudante de Jornalismo na Cásper Líbero, apaixonada por Fórmula 1, cinema, séries e música. Desde a infância, tenho interesse por arte e comunicação, o que me levou a ter aulas de dança e a cultivar um olhar crítico sobre entretenimento e esporte.