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Setembro Amarelo tem mesmo impacto na prevenção de suicídio?

The opinions expressed in this article are the writer’s own and do not reflect the views of Her Campus.
This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Com o fim do Setembro Amarelo, o mês de prevenção ao suicídio chega ao fim, mas a luta contra o estigma sobre suicídio e doenças mentais não acaba.

Do dia 1 a 30 de setembro é feita a campanha “Setembro Amarelo” com o intuito de conscientizar as pessoas sobre suicídio, assim evitando seu acontecimento.

No Brasil, 32 pessoas se suicidam por dia. O suicídio mata mais pessoas do que doenças como AIDS e câncer. Por isso, é importante que quebremos o estigma criado em volta deste assunto, criar uma forma de normalizar esta conversa é o primeiro passo para entender e identificar pessoas que passam por situações de tanta dor que desenvolvem pensamentos suicidas.

Origem do Setembro Amarelo

A campanha começou nos Estados Unidos, quando Mike Emme, se suicidou. Mike era um jovem brilhante e notável, e ainda novo restaurou um Mustang 68 pintando-o de amarelo. Em seu funeral, foi feita uma cesta com vários cartões com laços amarelos, dentro escrito a seguinte mensagem: “se você precisar, peça ajuda”.

Após esses cartões chegarem em quem realmente necessitava de ajuda, iniciou-se o movimento em solidariedade às pessoas que sofrem de doenças mentais. E como símbolo dessa luta, o laço amarelo, em homenagem à Mike.

Dados Numéricos

De acordo com uma pesquisa realizada pela OMS, são registrados mais de 700 mil suicídios por ano em todo o mundo, sem contar os casos subnotificados, pois somando estes, estima-se uma média de 1 milhão de vítimas. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos de suicídio por ano, uma média de 38 mortes por dia.

Esses números podem ser consequência da negligência dos governos em relação ao assunto. Atualmente, apenas 38 países são conhecidos por terem uma estratégia nacional de prevenção do suicídio, sendo notada uma melhora nos números de casos nestes países.

Embora os números estejam diminuindo em todo o mundo, os países das Américas vão na contramão dessa tendência, com índices que não param de aumentar, segundo a OMS. Sabe-se que praticamente 100% de todos os casos de suicídio estavam relacionados às doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Dessa forma, a maioria dos casos poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem acesso a tratamento psiquiátrico e informações de qualidade.

Busque ajuda!

A maioria dos casos de suicídio poderiam ser evitados caso os pacientes possuíssem tratamento psiquiátrico e informações verdadeiras sobre saúde mental. Por isso, deve-se combater o estigma criado ao redor dos tratamentos psiquiátricos e psicológicos, através de campanhas como o Setembro Amarelo, mas também de forma contínua em outros meses.

É de extrema importância que aqueles que estão passando por momentos de crise busquem ajuda de familiares e amigos, assim como de um profissional da saúde. Para isso, é ideal que as pessoas sintam-se confortáveis para conversarem sobre seus sentimentos e angústias.

Se você estiver enfrentando situações difíceis e estiver considerando, mesmo que remotamente, o suicídio, procure ajuda entrando em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV), acesse através do site ou ligue 188.

O CVV é um projeto que realiza trabalhos de apoio emocional e prevenção de suicídio. O atendimento funciona de maneira voluntária e gratuita, disponibilizando ajuda a todos que querem ou precisam conversar. A conversa é realizada sob total sigilo por telefone, e-mail ou chat 24 horas por dia.

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O texto acima foi editado por Maria Esther Cortez.

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Beatriz Oliveira

Casper Libero '25

Journalism student at Cásper Líbero, who's also a very passionate reader and writer. I tend to spend most of my days fangirling over Taylor Swift, reading romcoms and talking about politics!