O agravamento das mudanças climáticas tornou o mundo um palco para as consequências das ações humanas no planeta. O aumento das temperaturas e chuvas extremas, resultou em mudanças no dia a dia com momentos alarmantes na saúde e segurança de todos.
As mudanças climáticas, inicialmente, são processos naturais pelos quais a Terra passa continuamente – como as chuvas, alterações na temperatura e emissões de gases. Com o decorrer dos anos, a partir de 1800, a ação humana no planeta tornou-se mais frequente, impulsionando o aumento das ações climáticas, que deixaram de ser um ciclo natural e se transformaram em uma crise. Em 2024, o planeta apresentou um aumento de 1,6°C na sua temperatura, superando o ano de 2023, que chegou a 1,5°C.
qual é o impacto no planeta?
O efeito estufa e as ações humanas na Terra são considerados os principais causadores do aumento desta crise. A emissão de carbono (CO2) derivada das práticas humanas é considerada o principal motivo para o crescimento da temperatura do planeta nos últimos anos. Além do aquecimento, o planeta vem sofrendo abalos em seu ecossistema. Momentos de secas e incêndios reduzem a vegetação e aumentam a proliferação de espécies invasoras e pragas. Em 2020, a emissão de carbono apresentou-se acima de 48% em sua produção, o que acaba levando à irregularidade do clima.
Devido a esses diversos acontecimentos que contribuem para o aumento da crise climática, o planeta sofre sequelas com o passar dos anos. Em consequência ao aumento das temperaturas, eventos climáticos como estiagem, queimadas e chuvas extremas vêm atingindo o mundo com maior frequência. Em 2024, a Amazônia bateu o recorde de queimadas já registradas na região, com mais de 136 mil focos, superando o ano anterior. No início de 2025, os Estados Unidos (EUA) sofreram grandes incêndios na região de Malibu, em Los Angeles, devido à alta temperatura e às secas na região.
Como fica a vida cotidiana com a crise climática?
A crise climática atualmente é considerada uma emergência global, na qual não apenas o planeta é prejudicado, mas também a população, que sofre cada vez mais com o impacto das mudanças climáticas. No Brasil, o cotidiano dos brasileiros passa por diversas mudanças, em que os abalos de ondas de calor e chuvas intensas ficam mais visíveis.
Em abril de 2024, o Rio Grande do Sul sofreu um impacto da crise climática ao enfrentar chuvas extremas que resultaram em 183 pessoas mortas e 79 mil desabrigadas. Com a ajuda da população, a região tenta se recuperar com doações e voluntários para o trabalho.
Apesar dos desastres que pegam todos em momentos frágeis, as altas temperaturas vêm deixando sequelas no dia a dia da população, que enfrenta tempos secos e pancadas repentinas de chuva ao saírem de casa. Em consequência disso, o aumento de emergências com problemas graves de saúde, como problemas respiratórios, cardíacos e desidratação, vem se propagando pelo país.
Os principais grupos gravemente atingidos variam entre idosos, que apresentam grande risco em ataques cardíacos, crianças e gestantes, que sofrem alto risco na gestação com o nascimento prematuro. Segundo a OMS, o nascimento de prematuros vem aumentando cada vez mais, sendo considerado que a cada 1°C adicional na temperatura diária acima de 23,9°C aumenta o risco de mortalidade infantil.
Além disso, há uma preocupação em relação à proliferação da Dengue e agravamento de doenças crônicas. Com os efeitos do aquecimento do planeta, as altas temperaturas, as chuvas e a umidade vêm favorecendo cada vez mais rápido a proliferação do mosquito da dengue. Em 2024, houve registros de quase 6,49 milhões de casos prováveis da doença.
As mudanças climáticas colocam em risco a segurança alimentar no mundo, sendo um dos fatores atuais para o agravamento da fome.
O impacto causado pela crise gera problemas na produção e na distribuição de alimentos. Os períodos de secas e inundações acabam destruindo áreas agrícolas, fazendo com que não haja produção de alimentos para o gado e para as colheitas. Os mais prejudicados com as mudanças climáticas, escassez na produção e proliferação de doenças são as comunidades vulneráveis e carentes.
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O artigo acima foi editado por Ana Luiza Sanfilippo
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