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Mudanças climáticas: O que você precisa saber para votar de forma consciente em 2026

This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Após o fim das eleições presidenciais nos Estados Unidos, que resultou na vitória do candidato republicano e ex-presidente Donald Trump, a questão climática reverberou intensamente nas redes sociais, visto que o presidente eleito promete retirar os EUA do Acordo de Paris, tratado internacional adotado em 2015 com a finalidade de mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Estudos realizados pela Universidade de Exeter, no Reino Unido, mostram que o planeta Terra está próximo de atingir pontos de não retorno, limites críticos que tornam irreversíveis as mudanças climáticas, como o degelo da Groenlândia e da Antártida.

O ano de 2024 foi marcado por manter, pela primeira vez, a temperatura terrestre acima de 1,5ºC por 12 meses, o que representa um aumento significativo das condições climáticas sob as quais os seres humanos e diferentes organismos vivos se estabeleceram.

a pauta climática ao redor do mundo

Às vésperas da COP29, Conferência do Clima e mais importante evento sobre mudanças climáticas, e do G20, fórum internacional de cooperação climática, a pauta parece ter perdido força. A Conferência, realizada em Baku, no Azerbaijão, recebeu poucos destaques na mídia e muitas críticas, uma vez que o país tem sua economia dependente de combustíveis fósseis, responsáveis diretos pelo aquecimento global e drásticas alterações climáticas devido à elevada liberação de gases de efeito estufa na atmosfera.

TRAGÉDIAS PODERIAM SER EVITADAS

Com o presidente da maior economia do mundo adotando uma postura negacionista em relação às mudanças climáticas, desenha-se a possibilidade de uma forte onda conservadora se fortalecendo no Sul global. Em um país megabiodiverso como o Brasil, que abriga mais da metade da biodiversidade do planeta na floresta Amazônica, a pauta climática deve ser prioridade na agenda dos governantes. Eventos como as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul em maio de 2024 e a seca extrema no Mato Grosso não são naturais e podem ser evitados a partir de políticas públicas voltadas para o combate às transformações climáticas.

A MISSÃO DO BRASIL

O encerramento da COP29 foi marcado por um acordo que determina que países ricos doem US$ 300 bilhões por ano a países em desenvolvimento, para combate à crise climática, até 2035. Tendo em vista que o Brasil tem a missão de sediar a COP30, em Belém, no Pará, é crucial que o país esteja alinhado com as metas globais de mitigação dos
efeitos das alterações climáticas e retome seu papel como um protagonista da agenda ambiental após 15 anos.

Com a colaboração das autoridades, setor privado e sociedade civil, o Brasil pode se destacar na transição rumo a um planeta mais sustentável. Cooperações e acordos internacionais são peças-chave para a atenuação dos efeitos das mudanças climáticas na Terra. E chefes de Estado têm nas mãos o poder de contribuir para reverter a possibilidade de eventos climáticos extremos e de aumento da temperatura mundial.

Dessa forma, é necessário pensar em eleições, municipais e nacionais, como um ponto de partida para o enfrentamento de crises socioambientais, em defesa do progresso contínuo da agenda sustentável e do desenvolvimento humano em harmonia com a natureza.

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O artigo acima foi editado por Anna Muradi

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Rafaela Lima

Casper Libero '26

majoring in journalism at Cásper Líbero, i’m passionate about art, politics and the environment.