Para os cronicamente online, não é surpresa o sucesso de Beleza Fatal, a primeira novela original brasileira da Max, lançada às segundas-feiras no streaming da plataforma.
Escrita por Raphael Montes e produzida pela Coração da Selva para a Warner Bros. Discovery, a trama logo repercutiu nas redes sociais.
O QUE FEZ BELEZA FATAL SE DESTACAR NO STREAMING?
Lançada em janeiro de 2025, Beleza Fatal aborda temas que focam em situações que refletem diferentes tipos de violência presentes na realidade brasileira. Além disso, conta com um elenco de peso, com nomes como Giovanna Antonelli – sucesso como a delegada Helô em Salve Jorge e Travessia – Camila Pitanga, protagonista de Velho Chico e Camila Queiroz, que protagonizou a icônica Angel na novela Verdades Secretas.
A novela disponibilizava cinco episódios a cada segunda-feira, deixando os fãs mais curiosos a cada novo capítulo. O resultado? A trama chegou ao último episódio com 2 milhões de contas ativas e ficou registrada como a nova “novela escandalosa”.
Conforme os episódios iam sendo lançados, a produção viralizou com memes, debates e teorias criadas pelos fãs e chegou ao topo do ranking do streaming. Uma das redes que mais atraiu o público foi o TikTok – até porque, sabemos: para algo viralizar, basta virar assunto por lá.
Famosos também engajaram nas redes, inclusive o próprio elenco, divulgando a série e debatendo opiniões polêmicas com o público.
Já no Instagram, os memes dominaram a cena, trazendo um tom de humor para a produção. Veja a seguir:
Por que Beleza Fatal não decolou na Band?
Apesar do sucesso estrondoso no streaming, Beleza Fatal não conseguiu repetir o feito na TV aberta. Exibida pela Band desde março, a novela da Max patina na audiência e não atinge sequer 2 pontos na Grande São Paulo. Mas o que explica esse contraste tão grande entre as telas?
A resposta passa por diversos fatores — e as redes sociais estão no centro dessa equação.
Lançada primeiro no catálogo da Max, a novela foi assistida de forma intensa e acelerada pelo público habituado ao streaming. A lógica da maratona, com vários capítulos disponíveis de uma só vez, aliada a uma narrativa que aposta em reviravoltas rápidas, trechos impactantes e momentos dignos de virar meme, fez com que a trama viralizasse nas redes sociais. No X (antigo Twitter), personagens, bordões e cenas inteiras ganharam vida própria, ampliando o alcance da produção.
E foi aí que a força das redes sociais, ao mesmo tempo que impulsionou a fama da novela, também antecipou seu fim para parte do público. Quando chegou à Band, a trama já era, de certa forma, “velha conhecida” dos fãs mais assíduos. A história já havia sido contada, discutida e esmiuçada online — até demais. Isso tirou o fator surpresa da TV aberta e reduziu o senso de novidade, muitas vezes é essencial para atrair audiência no horário nobre.
Além disso, a Band enfrenta uma forte concorrência na faixa das 20h30, competindo diretamente com o Jornal Nacional e novelas consolidadas da Record. Soma-se a isso o fato de que o canal não tem tradição recente em dramaturgia, o que pode dificultar a fidelização do público nesse formato.
Ou seja, enquanto nas redes Beleza Fatal foi celebrada como uma produção moderna e “maratonável”, na TV aberta ela parece ter perdido o timing. A novela chegou ao público da Band depois de já ter brilhado no streaming — e com isso, mesmo com toda a força online, não conseguiu converter buzz em audiência.
No fim, Beleza Fatal pode ter conquistado os lolovers digitais, mas ainda enfrenta o desafio de transformar likes em pontos no Ibope.
____________
O artigo acima foi editado por Sophia Claro.
Gosta desse tipo de conteúdo? Confira a página inicial da Her Campus Cásper Líbero para mais!