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One Piece: O fim da maldição dos live-actions?

The opinions expressed in this article are the writer’s own and do not reflect the views of Her Campus.
This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

A Netflix embarca novamente em uma tentativa de trazer os queridinhos do universo mangá e anime para versão live-action em One Piece. Com a nova estratégia de realizá-lo em formato de série, o roteiro propõe contemplar os grandes momentos do anime e resumir a história sem tirar suas características originais.

O anúncio da nova produção da Netflix foi feito em 2017, quando o produtor americano Marty Adelstein revelou ter fechado um acordo com a editora japonesa Shueisha e com o autor do anime, Eiichiro Oda. A matéria foi publicada no mês em que o mangá completava 20 anos de publicação pela revista japonesa Weekly Shonen Jump.

O streaming da Netflix se propôs a subir a bordo, mas com sua trajetória conturbada e pouco aclamada deste tipo de produção com projetos anteriores, como o fracassado Death Note, os corações dos otakus ficaram trêmulos com a proposta.

Mas a Netflix içou as velas e partiu em produção, investindo aproximadamente 18 milhões de dólares em cada episódio – se tornando o maior projeto que o streaming realizou na África do Sul. O live-action de “One Piece”, produzido por Steven Maeda, envolveu cerca de 50 atores sul-africanos e mais de mil membros na equipe de apoio. Além disso, a Netflix destinou US$400 milhões para apoiar artistas pretos na indústria local de entretenimento.

ENREDO

A série One Piece, desembarga em um universo, no qual se inicia com o imponente Gold Roger (Michael Dorman), antigo rei dos piratas, proclamando: “Riquezas. Fama. Poder! Nele está tudo que este mundo pode dar a vocês. Fique à vontade para pegá-lo, vão para o mar. Meu tesouro é de quem encontrar!”

A era dos piratas se instaura, e parte para a narrativa de um garoto, Monkey D. Luffy (Iñaki Godoy). Ele usa chapéu de palha, e após comer um fruto chamado “akuma no mi”, se estica como borracha. Seu maior objetivo é ser o rei dos piratas, indo para a Grand Line e encontrando o one piece. Porém, em sua aventura pelos mares, na premissa da história, tentando encontrar liberdade em um mundo controlado por governos opressivos que se importam mais em servir o 1% mais rico, do que proteger as pessoas, usando da violência para controlar os cidadãos e punir quem não se encaixa no status quo.

Mas para toda essa jornada se desenrolar nos próximos 7 episódios na série, Luffy precisa buscar por um navio, um que possua uma conexão com o capitão; e uma tripulação que esteja disposta a se tornarem companheiros, não apenas atrás de glória e tesouro, mas que almejam um sonho e tenham o desejo de conquistar o mundo através de aventuras. Por sorte, ele encontra Zoro (J.J. Jr. Mackenyu), Nami (Emily Rudd), Usopp (Jacob Gibson) e posteriormente Sanji (Taz Skylar), em busca de alcançarem seus próprios objetivos e que de “tabela” concordam em se unir ao capitão dos chapéus de palha. A bordo do Going Merry, eles se tornam piratas e protegem uns aos outros.

No fim, a série fez honra ao seu nome e à narrativa de que “um capitão precisa fazer escolhas difíceis que vão além da barriga e do coração”. Os chapéus de palha seguem juntos provando em suas desventuras que são realmente companheiros, destinados a navegarem por águas traiçoeiras antes de alcançarem a Grand Line. Os marujos vão ao encontro do desconhecido em busca das aventuras que os levarão até o one piece!

O FIM DA MALDIÇÃO DOS LIVE-ACTIONS?

Talvez agora o streaming tenha encontrado o formato “exato” das produções live-action, mantendo sua história original e adaptando somente o necessário para enriquecimento dos takes. Por se tratar de uma reformulação de uma obra que está há tanto tempo no mercado, é justo afirmar que nada pode ser exatamente igual, mas também não necessita ser o contrário do esperado pelos fãs ao trazer um novo formato.

Um dos pontos mais elogiados pelo público, além da cenografia que trouxe os itens mais característicos do anime para o mundo real – como os emblemáticos cartazes de procurado – foi o fato de terem trazido também alguns dos dubladores da versão anime para a série. Além da busca incessante de encontrar atores que fossem em “carne e osso” os personagens, mesmo antes de suas caracterizações.

Como a Nami, digo, a atriz Emily Rudd, que, ao ficar sabendo da adaptação, fez questão de pintar o cabelo para ruivo. Pouco tempo depois, vários fãs perceberam a similaridade com a personagem e fizeram campanha para a Netflix escolher a atriz. A cada episódio o sentimento de “coração quentinho” crescia e contagiava os fãs e até quem não conhecia o mangá ou anime na íntegra.

“One Piece, a série”, provou que é possível contar as histórias em um novo formato, mantendo alto nível, baseado nesse tipo de material; fazendo com que caísse por terra a maldição das adaptações em live-action e elevando o patamar de todas as futuras produções.

o que vem por aí?

A atriz Jamie Lee Curtis, que é fã de carteirinha do anime, já se propôs a criar uma campanha na antiga rede do passarinho, para fazer parte do elenco da série como Kureha, a médica debochada de 140 anos que é mestra de Chopper.

E Chopper, a rena fofa, médica da tripulação logo, logo já estará acompanhando a tripulação nas seguintes temporadas. Já que, a Netflix confirmou que haverá uma segunda temporada e ele estará presente! Porém, ainda não há previsão de data e precisaremos ser pacientes com a produção da série.

Os produtores já deram a entender que o roteiro da próxima temporada já está pronto, e que teremos 6 temporadas para desfrutar das aventuras de Luffy e seus companheiros.

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Este artigo foi editado por Gabriela Antualpa.

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Julia Bomfim

Casper Libero '25

Journalism student at Cásper Líbero. I find myself divided between my passion for the nerd/geek universe and my desire on registering every peculiarity and story I find.