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Culture

O Rock n’ Roll não está morto: Måneskin revitaliza a cena musical da Geração Z

This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Não importa como você pronuncie o nome deles, a banda de rock italiana Måneskin é um dos grupos musicais globais mais famosos e bem-sucedidos da atualidade. Em sua primeira vez em solo brasileiro, Victoria De Angelis (baixo), Damiano David (vocal), Thomas Raggi (guitarra) e Ethan Torchio (bateria) fizeram história no Rock in Rio e entregaram, ainda, um show icônico em São Paulo na última sexta-feira (9), no Espaço Unimed (antigo Espaço das Américas). 

Mais uma vez com visuais góticos, reluzentes e estilosos, a banda fez – diante de um expressivo público – uma apresentação extravagante de mais de uma hora de duração. O pontapé inicial foi dado com a empolgação de ZITTI E BUONI, junto de retumbantes exclamações contra o presidente Jair Bolsonaro.

Selvagens, carismáticos e dolorosamente talentosos, a banda Måneskin é um fenômeno. Viralizando com Beggin’ no TikTok, o grupo levou outros hits aos charts globais e trouxe uma pluralidade inigualável para a cena do rock que, em geral, é principalmente exaltada pelos cânones clássicos norte-americanos ou britânicos. Mas Måneskin – mesmo tendo, sim, canções em inglês – conseguiu o feito de impulsionar o italiano ao redor do mundo, isso porque inúmeras de suas músicas mais famosas são cantadas na língua-mãe dos artistas. 

E não foi diferente na capital paulista: In Nome Del Padre, La Paura Del Buio, Le Parole Lontane e a exaltada Coraline foram recitadas com adoração por toda a platéia. Vale ressaltar, inclusive, que a música mais pedida pelos fãs além desta última foi a incomparável VENT’ANNI

Mas, é evidente que as mais conhecidas também chacoalharam todos os presentes. MAMMAMIA, Beggin‘, SUPERMODEL, I Wanna Be Your Slave e Gasoline foram performadas com a energia surreal de sempre – lembrando que os quatro estão na extensa turnê Loud Kids Tour.

Meu deus. Isso é surreal, nunca tinha acontecido comigo de eu cantar em um lugar e não conseguir me ouvir. Vocês são a plateia mais barulhenta de todas!

Damiano David

Måneskin, que tem uma discografia relativamente singela com apenas três álbuns de estúdio até o momento – Chosen (2017), Il Ballo Della Vita (2018) e Teatro d’ira: Vol. I (2021) -, uma coisa é certa, o sucesso que eles fazem não é por acaso. Os solos de guitarra entregados por Thomas, a eletrizante bateria de Ethan, o talento radiante do baixo da Victoria e, naturalmente, os vocais de Damiano fazem com que esse conjunto traga esperanças para a nova cena do rock and roll mundial.

Se jogando na plateia, convidando fãs para subir no palco, muito suor, muvuca, gritaria e emoção. Frequentar os shows do Måneskin é o mais próximo que a Geração Z consegue chegar a vivenciar algo similar aos maiores cânones do rock. Ainda bem que estamos bem servidos. 

Mais sobre Måneskin 

Victoria (baixo), Damiano (vocal), Thomas (guitarra) e Ethan (bateria), todos na faixa dos 20 anos, começaram tocando nas ruas de Roma em 2015. Um ano depois fundaram o Måneskin, palavra em dinamarquês que significa luar.

Colecionando hits como I Wanna Be your Slave, Beggin’, Måneskin transformaram a banda de hard rock italiana em um fenômeno global. O vídeo de I Wanna be your Slave, hit do 2º álbum por exemplo, atingiu 6,7 milhões de views em apenas 24 horas. Com esta música, o Måneskin se tornou o primeiro grupo italiano da história com dois singles simultaneamente no TOP 10 britânico. Beggin’, por sua vez, conquistou o primeiro lugar no TOP 50 Global do Spotify e permaneceu por dez semanas como o número 1 da Billboard.

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