Em 2015, a Broadway testemunhou o nascimento de um fenômeno cultural: Hamilton. Criado, escrito e estrelado por Lin-Manuel Miranda, ele redefiniu as regras do teatro musical ao unir história, política e música de uma forma jamais vista. Combinando rap, hip-hop, R&B e baladas emocionantes, o espetáculo trouxe à tona a vida de Alexander Hamilton, um dos pais fundadores dos Estados Unidos, mas com um olhar atual, diverso e inclusivo.
Dez anos se passaram, e a chama de Hamilton continua acesa. Ao longo dessa década, o musical conquistou um lugar de destaque não só no teatro, mas na cultura pop mundial. Foram prêmios históricos, entre eles: 11 Tonys, um Grammy e até um Pulitzer de Drama. E, junto com isso, uma legião de fãs que atravessa gerações.
Hamilton também influenciou a forma como a representatividade é tratada nos palcos da Broadway: atores negros e latinos interpretando figuras históricas brancas foi um gesto político poderoso, que abriu caminho para novas narrativas e corpos no teatro musical.
O elenco original
O sucesso de Hamilton também se reflete na trajetória de seu elenco original, que ganhou projeção mundial após a estreia em 2015.
Leslie Odom Jr., intérprete de Aaron Burr, expandiu sua carreira para o cinema e a música, sendo indicado ao Oscar por Uma Noite em Miami (2020) e lançando álbuns solo aclamados.
Phillipa Soo, que deu vida à Eliza Hamilton, se consolidou como uma das maiores atrizes de teatro de sua geração, estrelando outros musicais da Broadway, como Amélie e Camelot.
Daveed Diggs, responsável por Lafayette e Thomas Jefferson, construiu uma carreira versátil: ganhou espaço no rap com o grupo clipping., atuou em filmes e séries como Blindspotting e O extraordinário.
Jonathan Groff, o icônico King George III, já conhecido por Glee e por dar voz a Kristoff em Frozen, reafirmou sua força na Broadway, conquistando o Tony de Melhor Ator em Musical em 2024 por Merrily We Roll Along.
Lin-Manuel Miranda, por sua vez, se tornou referência mundial de criatividade, assinando trilhas sonoras de filmes como Moana e Encanto, e mantendo viva a ideia de que a Broadway pode dialogar diretamente com a cultura pop.
A força simbólica de Hamilton ficou ainda mais clara no Tony Awards de 2025, quando parte do elenco original subiu ao palco novamente em uma apresentação que emocionou fãs e artistas. Mais do que nostalgia, foi um lembrete de como o espetáculo marcou toda uma geração e segue relevante.
#HAMILToN nos cinemas
Agora, essa celebração ganha outra dimensão: no dia 5 de setembro de 2025, Hamilton chega aos cinemas em uma exibição especial promovida pela Disney, permitindo que o público volte a sentir a energia da Broadway, agora nas telonas. Com estreia confirmada nos Estados Unidos, o longa ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.
A exibição de aniversário não é apenas uma comemoração, mas uma reafirmação de legado. Hamilton não mudou apenas o teatro musical: mudou a forma como entendemos cultura e história. É prova de que a arte, quando ousada e autêntica, pode atravessar fronteiras e se tornar parte da identidade coletiva.
Dez anos depois, ainda ecoa a frase cantada no palco: “Who lives, who dies, who tells your story?”. E Hamilton segue garantindo que essa história seja contada de forma viva, inspiradora e inesquecível!
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O artigo acima foi editado por Mariana Garcia.
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