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Life

“Dunkirk”: Onde As Emoções Vão Muito Além Das (Poucas) Palavras

This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Dunkirk é um filme que não traz nenhuma fala que se tornará icônica dentro da sétima arte, como em Star Wars: Episode V – The Empire Strikes Back (“Luke, I’m your father!”), em The Godfather (“I’m gonna make him an offer he can’t refuse”) ou em Pulp Fiction (“SAY ‘WHAT’ AGAIN!”), até porque quase não há falas no filme. O diretor, Christopher Nolan, trouxe um formato diferente de transmitir as emoções: pouquíssimos diálogos, fato que é mais do que compensado com muitos sons e música de fundo ao longo do filme.

O filme retrata um momento histórico da Segunda Guerra Mundial, a Operação Dínamo – a evacuação de Dunkirk, uma cidade litorânea no norte da França. Durante o filme, você sofre com a aflição e necessidade de mais de 400 mil soldados, ingleses e franceses, que querem voltar para seus respectivos países, pois não aguentam mais a guerra e os bombardeios que atingem a cidade a todo momento.

Dunkirk tem três tipos de batalhas recorrentes nas guerras: as terrestres, com trincheiras, armas e corpos (vivos e mortos) para todos os lados; as aquáticas, com muitos navios que afundaram com soldados; e as aéreas, que trouxe uma das maiores expectativas do filme, com a equipe das Forças Aéreas.

Essa forma de trazer os tipos de conflito em diferentes ambientes de um mesmo lugar, é mostrada juntamente com as perspectivas dos soldados. Como iriam embora se todos os barcos eram atacados? Será que sobreviveriam a gigantesca fila que sempre era bombardeada? Ou mais um avião cairia sem contra atacar o exército alemão?

Image source: IMDB

Nolan mostrou soldados em seu filme, não trouxe grandes nomes condecorados pós 1945, mas trouxe os nomes daqueles que sofreram onde muitos, também, morreram. O diretor trouxe a história de centena de milhares de homens que esperavam dias e noites para sair de um lugar traumatizante. O nome mais conhecido do filme? Churchill! E, mesmo assim, ele só foi citado.

Você não sabe muito sobre a pessoa que corre na primeira cena, você não sabe muito sobre aqueles que conseguem sobreviver aos bombardeios, você não sabe quase nada sobre quem sobreviveu nos barcos que afundaram. Mas você sente com eles! A fotografia clara e altos sons te fazem entrar naquele cenário de desespero.

A esperança vem através de civis que são convocados a resgatar os soldados. E, mais uma vez, você sente, como em todo o filme, a apreensão de saber se serão resgatados ou não! E novamente, a trilha e os efeitos sonoros que dão o show.

Image source: IMDB

Em Dunkirk você tem: atuação através de olhares, bombas e mais bombas, apreensão a cada segundo, um certo desespero e um tremendo alívio misturado com felicidade. Tudo isso embalado em todo um trabalho focado no sentido humano: a audição. É um filme que marca por trazer essa sensação!

O melhor filme do ano? Talvez! As indicações ao Oscar de 2018 são de grande qualidade, o que faz pensar que quem teve a sensibilidade de encarar e entender o que esse filme pode transmitir para cada um. A melhor direção do ano? Provavelmente! Christopher Nolan fez um trabalho incrível! Melhor Mixagem e Melhor Edição de Som? Não coloco minha mão no fogo, mas diante de todas as sensações que esse filme traz, essas duas estatuetas são quase certas!

Ailane Roma

Casper Libero '20

I don't know how to describe myself, even because I hate to adjectivate a person. Ex student of Letters and now, Journalism student. I'm fissured by the beauty of words. Lover of books, photographs, films and series. I don't need coffee to survive, but I accept a Coke!
Anna is a 21 year old from Sao Paulo, Brazil, who studies Journalism at Casper Libero University. She’s currently the Editor in Chief of Her Campus CL's Chapter and is pretty obsessed with fashion, beauty and (trashy) reality TV shows.