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This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Daisy Jones & The Six é a série do momento. Baseada no livro homônimo da autora Taylor Jenkins Reid, conta a história de uma banda de rock fictícia dos anos 70, formada após a parceria da cantora Daisy Jones e o grupo The Six. Que tal conhecer algumas mulheres reais do rock, que além de fazerem sucesso, quebraram barreiras nos anos 60 e 70?

1. Janis Joplin

Símbolo da contracultura e primeira estrela feminina do rock, Janis Joplin nasceu em Port Arthur, Texas, no ano de 1943, em uma família religiosa e tradicional que a obrigava a cantar no coro da igreja. Se mudou para Austin para estudar Artes Visuais na Universidade do Texas, onde formou uma banda com alguns amigos e começou a cantar folk e blues. 

Em 1966, a cantora mudou-se para São Francisco e se juntou ao grupo de rock psicodélico Big Brother and the Holding Company, porém só fizeram sucesso quando se apresentaram no Festival Pop de Monterey (primeiro grande festival de rock no mundo). Após isso, seguiu em carreira solo acompanhada por pela Kozsmic Blues Band, com quem tocou no no lendário Festival Woodstock. Faleceu aos 27 anos de overdose de heroína. O álbum Pearl – apelido que seus amigos próximos a chamavam – foi lançado postumamente e tornou-se seu disco mais vendido. 

Janis Joplin ficou conhecida pelos casacos de pele, óculos coloridos, colares e chapéus extravagantes, mas principalmente pela sua capacidade vocal, independência, rebeldia e um estilo de vida incomum principalmente para uma mulher na época. 

2. GRACE SLICK

Grace Slick foi modelo durante o início da década de 60 e amiga de Janis Joplin até a morte da cantora. Em 1965, após assistir a banda Jefferson Airplane tocar, decidiu criar a The Great Society junto com seu então marido, Jerry Slick. Juntos lançaram a música “Somebody to Love”, mas logo após o grupo se separou. Slick foi rapidamente convidada para substituir a vocalista do Jefferson Airplane, Signe Anderson, e se juntou ao conjunto.

Em 1966, compôs “White Rabbit”, que descreve de forma delicada o efeito das drogas alucinógenas na mente usando trechos dos livros Alice no País das Maravilhas e Alice Através do Espelho. A música fez enorme sucesso: foi uma das responsáveis pelo destaque do Rock Psicodélico e por difundi-lo na mídia. Em 1967, junto com o Jefferson Airplane, tocou no Festival Pop de Monterey e dois anos depois no Woodstock. 

Grace participou de outras duas bandas: Jefferson Starship, nos anos 70, e Starship, na década de 80. Além disso, criticava a classe média americana em suas canções e era engajada no ativismo contra o presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, e a Guerra do Vietnã.     

Em 1989, se aposentou do mundo da música e passou a se dedicar à pintura, criando retratos de artistas como Jimi Hendrix, Jim Morrison e Janis Joplin. Em 1996 foi adicionada ao Hall da Fama do Rock and Roll como integrante do Jefferson Airplane.

3. JONI MITCHELL

A cantora, compositora, musicista e artista plástica Joni Mitchell nasceu em 1943 no Canadá. Possui sucessos como “Big Yellow Taxi”, que fala sobre consciência ambiental, e “Woodstock”, música sobre o famoso festival que, apesar de ter sido convidada para participar, negou o convite. 

Lançou 19 álbuns de estúdio. Um dos mais famosos, Blue, de 1971, Mitchell utiliza um lirismo profundo, letras honestas e reveladoras. Na música “Little Green” compõe versos sobre uma filha que entregou para adoção em 1964, aos 21 anos. Joni inovou ao elucidar o homem como problemático e motivo de sua tristeza. Em 2020, o álbum foi colocado na terceira posição na lista 500 Melhores Álbuns de Todos os Tempos, montada pela revista Rolling Stone.

4. STEVIE NICKS

 Stevie Nicks nasceu em Phoenix, no Arizona, em 1948, e aprendeu a tocar guitarra quando criança. Durante o ensino médio, conheceu Lindsey Buckingham, guitarrista e compositor. Posteriormente os dois entrariam para a banda local Fritz e iniciaram um relacionamento amoroso. 

Em 1972, a dupla lançou Buckingham-Nicks, que não obteve sucesso. Dois anos depois, o grupo Fleetwood Mac escutou a faixa “Frozen Love”. Algumas semanas mais tarde, Buckingham recebeu o convite para fazer parte da banda e aceitou com a condição de Nicks entrar no conjunto também. 

Em 1975 lançaram Fleetwood Mac, álbum homônimo, que vendeu 3 milhões de cópias. Stevie Nicks rapidamente se tornou uma sensação e suas músicas “Rhiannon” e “Landslide” foram sucessos. No ano seguinte, os relacionamentos amorosos da banda estavam estremecidos: todos os membros passavam por divórcios e separações, incluindo Nicks e Buckingham. Nesse contexto, o grupo gravou o disco Rumors, que passou 31 semanas na primeira posição da Billboard 200 e foi premiado com um Grammy por Álbum do Ano em 1978. 

Em 1981, lançou seu primeiro trabalho solo, Bella Donna, que conta com o hit “Edge of Seventeen” e alcançou o primeiro lugar na parada da Billboard. Stevie Nicks é a única mulher a entrar duas vezes no Hall da Fama do Rock n’ Roll: como artista solo, em 2019, e como membro do Fleetwood Mac, em 1998.

5. RITA LEE

Nasceu em 1947, em São Paulo, e começou a compor suas músicas durante a adolescência. Em 1963, formou a banda Teenage Singers, junto com outras duas amigas, até que conhecem o trio The Wooden Faces e se juntam. Após algum tempo, sobram apenas Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, que passariam a se chamar Os Mutantes. Eles foram a primeira banda a fazer rock psicodélico e experimental no Brasil. Nela, Rita Lee compunha, cantava e tocava diversos instrumentos. Em 1973 foi expulsa por Arnaldo Baptista, marcando, também, o fim do casamento dos dois. 

Logo depois se junta com Lucinha Turnbull e formam o duo Cilibrinas do Éden, o embrião do Rita Lee & Tutti Frutti – banda que fez parte entre os anos de 1973 e 1978. Em 1975 lançam Fruto Proibido, considerado um dos principais álbuns do rock brasileiro que trata das mudanças sociais, políticas e culturais da época. é nele que se encontramdois dos maiores sucessos da cantora: “Ovelha Negra” e “Agora Só Falta Você”. Em 1980, junto com o marido Roberto de Carvalho, lança o disco Lança Perfume, no qual canta sobre prazeres proibidos durante a censura da ditadura militar.

Conhecida como a Rainha do Rock Brasileiro, Rita Lee rompeu com as convenções sociais e os posicionamentos das mulheres na sociedade, sendo considerada uma das cinco artistas que mais vendeu discos na história do país. Aposentada desde 2012, é adepta do veganismo, defensora dos animais e dos direitos das mulheres.

6. PATTI SMITH

Poeta, cantora, ativista, escritora e fotógrafa, Patti Smith nasceu em Chicago, em 1946, e se mudou para Nova York durante sua juventude, sendo bastante conhecida na cena punk local. 

Em 1975, lançou o álbum Horses, que ficou conhecido por apresentar um lado feminista e militante ao rock. Sua marca registrada é a junção de poesia em meio às letras e melodias. 

Lançou mais de 11 álbuns de estúdio, além de ter mais de 25 livros escritos até o momento. Está na 47ª posição da lista de “100 Melhores Artistas de Todos os Tempos” da revista Rolling Stone e em 2007 entrou para o Hall da Fama do Rock and Roll.

7. DEBBIE Harry

Debbie Harry foi uma das primeiras artistas do rock a fazer sucesso e comandar uma banda majoritariamente masculina. Sem deixar seus trejeitos femininos de lado, cortava e pintava seus próprios cabelos, usava maquiagens extravagantes e roupas juntas. 

A banda em questão é o Blondie, cujo nome foi inspirado na maneira pela qual Debbie Harry era chamada pelos homens (“loirinha”, em tradução livre). Em 1976 o grupo gravou seu primeiro disco, mas o estopim para o sucesso veio com o terceiro álbum, Parallel Lines. O hit “Heart of Glass” ficou em primeiro lugar na Inglaterra e nos Estados Unidos. Durante sua trajetória, a banda lançou discos que transitam pelo punk, new wave, reggae, hard rock e hip hop.

Debbie Harry gravou cinco álbuns solos e iniciou a carreira de atriz gravando dezenas de filmes e séries de televisão. Marcou uma época e foi retratada e fotografada diversas vezes pelo lendário Andy Warhol

8. Baby do Brasil

Baby do Brasil ou Baby Consuelo nasceu em Niterói, em 1952. Aos dezessete anos fugiu de casa e foi morar em Salvador, onde conheceu Paulinho Boca de Cantor, Moraes Moreira, Luiz Galvão e Pepeu Gomes com quem foi casada. Juntos formaram os Novos Baianos, banda e comunidade onde tudo era divido. 

Em 1972, lançam Acabou Chorare, segundo disco do grupo que se tornou um marco na música brasileira por misturar o rock ao samba. Foi eleito como “o maior álbum de música brasileira de todos os tempos” pela revista Rolling Stone Brasil. Juntos gravaram oito discos. Em 1978, lança individualmente O Que Vier Eu Traço e inicia sua carreira solo que ao todo possui 12 álbuns. 

Na década de 1990, após uma peregrinação a Santiago de Compostela, na Espanha, mudou seu nome para Baby do Brasil e no início dos anos 2000 se converte para o evangelismo. Atualmente, segue com seu cabelo roxo e se define como “popstora”, uma mistura de popstar e pastora. 

9. Joan Jett

 Cantora, compositora, guitarrista, baixista, produtora musical e atriz, Joan Jett nasceu na Pensilvânia, em 1958, e aos quinze anos de idade saiu de casa para seguir sua carreira na música. Em 1975, fundou a The Runaways e lançou o sucesso “Cherry Bomb”. Dois anos depois, após uma turnê mundial, parte das integrantes deixaram o grupo, que seguiu até 1979 quando se desfez. 

Joan Jett então se juntou à banda de apoio The Blackhearts. Após seu disco ser rejeitado 23 vezes, decidiu abrir a sua própria gravadora, a Blackheart Records, sendo a primeira artista feminina a ter esse feito. Em 1981, lançou a famosa “I Love Rock ‘n Roll”, música eleita pela Billboard como um dos maiores hits de todos os tempos. Além disso, é responsável por criar o visual feminino clássico de rock: jeans rasgados, jaquetas de vinil e botas de cano curto. 

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Esse texto foi editado por Diovanna Mores Monte.

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Isabel Almeida

Casper Libero '25

Journalism student who loves knowing people, fashion and pop culture.