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A construção de sonhos: Como a HC influenciou a vida profissional de casperianas

Vitória L.V. Student Contributor, Casper Libero University
This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter and does not reflect the views of Her Campus.

Parece que foi ontem, mas sim, já se passaram 10 anos desde que a Her Campus deu seus primeiros passos no Brasil e veio parar na Faculdade Cásper Líbero, tornando-se parte significativa da vida de tantas casperianas.

Fundada em 2009 por três alunas da Universidade de Harvard (Estados Unidos), a Her Campus tem como objetivo conectar as universitárias do mundo inteiro para escrever, explorar e falar sobre diversos temas da nossa atualidade. A revista chegou na Cásper Líbero em 2015, com a Alana Claro e a Bárbara Muniz, que na época eram alunas do segundo ano de jornalismo. As meninas entraram em contato com o site por meio de uma amiga e resolveram participar do processo seletivo para abrir um “Chapter”. Depois de passar por uma primeira etapa, precisavam conseguir 100 assinaturas em uma semana, mas foram ainda mais longe: chegaram a 288 em apenas um dia. 

Inicialmente, a HCCL tinha apenas dois ‘departamentos’, textos e redes sociais, mas as coisas começaram a mudar em 2019, quando as alunas Laura Ferrazano e Carolina Grassmann assumiram a Editoria-chefe e começaram um projeto de implementar novas áreas. As meninas praticamente triplicaram o time de editoras e passaram do nível Platinum na HC, pulando de Diamond para Elite, em menos de um ano. 

“Eu sempre achei muito especial o Her Campus Cásper Líbero ter sido o primeiro Her Campus do Brasil. E a gente tinha muito esse reconhecimento com as meninas dos Estados Unidos”, disse Ferrazano em entrevista exclusiva para a HCCL. “Foi tudo uma escadinha. […] E depois foi crescendo, a gente começou realmente a trabalhar nesse projeto de reestruturação do nosso chapter. Ficamos muito nesse lugar de gerenciamento desse negócio grande e que funciona, que existe e que respira, e por vários anos”. 

A influência da HC desde cedo 

Além da Laura, conversamos com mais algumas meninas, já formadas, que contaram um pouquinho de tudo que a HC fez por elas em seus anos na equipe. Isadora Noronha, Isabella Gemignani e Milena Casaca abriram esse espacinho do coração delas para nos mostrar como uma simples “fraternidade” ajudou significativamente o desenvolvimento delas, não apenas em suas carreiras, mas em suas vidas como um todo.

Logo em seu ano de caloura, vivenciando a pandemia, Isabella não sentia ter espaço para trocas e experiências de verdade na comunicação, algo que realmente queria fazer. Ao ouvir comentários sobre escrever para HC, rapidamente buscou entender como funcionava e como participar. “Sentia que, ali dentro, eu poderia dar meus primeiros passos como profissional e conseguiria já colocar em prática algo que eu queria muito fazer, que era escrever para um veículo de comunicação como repórter sobre algo que eu gostava”, falou. 

Apesar de, no início, ela não entender o que era necessário ou formava um bom profissional, ali ela foi descobrindo, ganhando repertório e bagagem para se aprimorar. Respeitar deadlines, entender a importância do trabalho em equipe e pautar temas relevantes, foram habilidades incorporadas em sua vida e testadas quando conseguiu seu primeiro estágio, na Editora Globo.

“Por eu já ter vivido essa experiência na HC, me senti preparada para ter essa primeira – e outras – experiências, além de me sentir confiante para poder me expressar e tomar responsabilidades. A HC com certeza foi um divisor de águas na minha carreira”, disse.

Já a história da Milena começou antes mesmo de entrar na faculdade.  A Cásper era um objetivo desde sempre e, depois de descobrir a Her Campus, a revista passou a ser uma meta. “Eu queria escrever para uma revista completamente feminina, com prestígio internacional e tudo mais”, contou. “A HC era praticamente a única oportunidade que eu tinha no primeiro ano de trabalhar escrita, então muito do que eu aprendi foi fazendo os textos. […] Eu trabalhava tudo na HC, aproveitava esse espaço que eu tinha pra me dedicar e crescer”. 

Compartilhando da mesma linha, Isadora também encontrou dentro das páginas da HC sua chance de praticar e ser livre para explorar a escrita. “Eu queria muito um espaço que eu pudesse colocar em prática o que eu tava aprendendo na faculdade, sem ser algo que eu precisasse necessariamente ter um vínculo de emprego, sabe? […] A HC sempre foi um lugar que eu me sentia muito livre para sugerir o que eu queria escrever”.

“Algo que eu aprendi muito com a HC é que eu não precisava esperar me sentir pronta ou me sentir uma jornalista formada com todo o conhecimento e tal pra começar a pensar em escrever, a publicar os textos que eu queria, a estudar mais sobre os artistas que eu queria escrever. Eu não precisava esperar me formar pra que eu estivesse pronta”, adicionou. 

Integrante da terceira geração da editoria-chefe, Laura Ferrazano destacou também toda a experiência e aprendizados que colecionou durante esses anos. Desde o conhecimento sobre o mercado jornalístico em si até o marketing, onde atua hoje, foram incorporados ao  currículo e agregaram muito no início da carreira. A faculdade foi muito importante para ela, mas nada a ensinou tanto quanto a Her Campus e assumir um papel de liderança na revista. Cada prática ali a preparou para a vida profissional, inclusive para uma das primeiras oportunidades de trabalho. 

“Eu fui repórter da Toda Teen e foi maravilhoso. O fato de poder entrevistar pessoas que eu sempre gostei e poder escrever sobre assuntos que sempre tive muito interesse e sempre me senti engajada em escrever, foi muito importante pra mim”, contou.

A experiência da HC na Vida Profissional

Muito além de motivar jovens escritoras a exercitarem suas habilidades, construir portfólio, fazer networking e participar de projetos universitários, a HC ajudou todas elas a se desenvolverem profissionalmente, alavancando carreiras. 

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Unsplash

Foi pela HCCL que a Isabella conseguiu escrever para a Her Campus Global,  entrando em contato com o mercado internacional com o qual  tanto sonhava desde o início. “Foi super importante para mim. Pude ter trocas com uma equipe americana que era referência para mim”, falou. Graças a essa adição em sua carreira, um grande diferencial para  a jovem jornalista – hoje atuando na comunicação internacional da Ollie (empresa brasileira) – foi ter esse contato com o time estadunidense. Além de já ter escrito e lidado com essas pessoas, a noção de práticas de Marketing e comunicação ao nível internacional influenciaram muito sua atual posição.

 Atualmente, a Laura exerce a função de copywriter em uma empresa norte-americana, a Social Ladder, e mantém comunicação com empresas europeias, além de gerenciar a produção orgânica de conteúdos para a instituição. Ela entende como toda a trajetória na HCCL, ainda dentro do ambiente acadêmico, transformou sua vida e consolidou alguns instintos profissionais: “Eu definitivamente teria sido uma pessoa completamente diferente se eu nunca tivesse sido parte da Her Campus”. 

Igualmente bem direcionada, a Isadora também é copywriter e tradutora, aplicando da melhor maneira toda a sua experiência na HC da Cásper. “[…] quando eu comecei um estágio, comecei de fato a trabalhar com redação, eu já era muito mais confiante com a minha escrita”, relatou. 

As matérias favoritas

Para além de todas essas experiências profissionais ao longo dos anos de Cásper, há um consenso: a criação e enriquecimento de portfólio possibilitada pela HC foi muito relevante. “Até hoje eu uso matérias que  escrevi na HC como parte do meu portfólio”, a Isadora chegou a dizer. Com tanta história para contar, não poderíamos deixar de fora alguns dos destaques do início de suas carreiras.

A Isabella tem na memória a matéria que escreveu sobre um talk com a modelo e escritora Emily Ratajkowski, sobre o livro My Body. A ex-casperiana conta que unir a paixão por livros e cultura de um modo geral, a fez se dedicar muito para o texto: “Eu queria que ficasse perfeito, também dado a oportunidade incrível que foi participar dessa entrevista. Sempre é legal ver uma celebridade que você acompanha de longe e ter a oportunidade de escutar ela como profissional. Foi o texto que mais reli e reescrevi de todos”, relembrou. Por achar a produção tocante e sensível, quis trazer o máximo de justiça para a história e se desafiou para escrever de um jeito respeitoso, informativo, mas mantendo a humanidade.

A Milena, com o mesmo entusiasmo, relembra da matéria que escreveu sobre uma de suas séries favoritas na época, Killing Eve, onde entrevistou um psiquiatra para falar sobre psicopatia! A proposta foi entender se a personagem da série realmente seria psicopata, pois apesar de iniciar fria, ao longo da produção ela parece criar sentimentos e relações. “É a que me deu mais trabalho também. Porque tinha uma entrevista, uma análise da série, dos episódios, das cenas…  então acho que foi a matéria mais completa que eu já fiz pra HC e a minha preferida até hoje”, contou. 

Já Isadora destaca duas de suas principais matérias. A favorita, uma entrevista que conseguiu por pura sorte/insistência sobre a banda folk australiana Hollow Coves, a qual ela é fã. Ela revela que tinha o costume de entrar em contato com diversas assessorias de imprensa de artistas os quais tinha interesse, explicava sobre a sua posição na HC e caso conseguisse, ia em frente com as editoras. 

Essa matéria em especial, foi uma das primeiras que escreveu para a HC e ela guarda um segredinho sobre ela… “Ficou super legal e eu até hoje acredito que eles só me responderam porque acharam que estavam respondendo pra HC Global. (risos) Mas assim, não sei, nunca vou saber. Mas eles me responderam, isso que importa. Eu amei, foi bem especial”. 

Isa compartilha também a experiência trabalhosa, mas enriquecedora de escrever sobre rap nacional. O texto em questão conta com uma entrevista feita com o diretor de um documentário – O rap pelo rap –, a qual foi feita em vídeo, com bastante conteúdo,  então o material estava bem denso para transcrever, destrinchar e reunir as melhores partes para o resultado final. 

As lições da HCCL 

A Laura entende que compreender intrinsecamente o outro é algo que torna um profissional melhor e é uma das lições favoritas em sua área. “Foi uma das coisas que eu mais gostei em jornalismo e na arte, enfim, toda a minha carreira artística também, que eu tenho hoje na minha vida.”

Integrar um time é por si só uma qualidade vital para todos, especialmente para a área de comunicação. Milena diz que fazer parte de uma equipe formada por garotas, que se organizam, se dividem, em várias funções, núcleos, grupos e garantem o bom funcionamento de tudo foi uma lição valiosa na sua passagem pela HC: “Eu acho isso muito legal, ver como a gente consegue colocar um projeto em prática e manter ele vivo por tanto tempo e ser um atrativo para todo mundo”.

Quanto mais praticamos algo, melhor ficamos naquilo e foi isso que fez a participação da Isadora tão constante na HC. A cada texto escrito, ela melhorava um pouco mais, pensava de um jeito diferente e sentia-se cada vez mais confortável em atuar na área. “Também vi ali que tudo bem errar ou deixar passar algo e ser corrigida, que tudo isso era importante para crescer”, diz. “Me deu coragem pra eu ir aprendendo com o que eu estava fazendo, com os meus textos. Foi muito importante pra mim, pra ganhar confiança”.

Laura também aprendeu a se valorizar como profissional. Valorizar a própria voz, reconhecer suas ideias, achá-las interessantes e desenvolvê-las para vozes que também estavam ali querendo ser ouvidas e apreciadas: “A Her Campus me deu essa confiança, justamente por escutar a nossa voz”.

“Eu acho que tudo que a Her Campus podia me proporcionar, eu aceitei muito de coração aberto. […] A HC sempre vai ficar marcada como uma das minhas experiências mais gratificantes que eu tive, na faculdade e na vida. Na vida mesmo!” – Laura Ferrazzano

Feliz 10 anos, HCCL!!

A parte mais bonita da HCCL é abrir portas, não apenas para as que pretendem seguir jornalismo, mas para tantas outras garotas, com outros sonhos e objetivos, que ainda guardam um lugarzinho especial no coração para a criatividade e apreço em escrever. Além das casperianas que contribuíram para esse texto, diversas outras garotas também têm novas vivências por causa da HCCL – a própria autora que vos escreve inclusive.

Desde o princípio, há um atrativo especial na HC. “Primeiro dia de aula a reunião da HC é uma das que ficam mais cheias”, relembrou Milena. 

A Her Campus Cásper Líbero é especial por inúmeros motivos. E essa radialista aqui, fica imensamente feliz de saber que, assim como tantas outras, faço parte dessa história. Nós fazemos parte dos 10 anos da HCCL!

Feliz 10 anos, HCCL! 

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O artigo acima foi editado por Olivia Nogueira.

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Vitória L.V.

Casper Libero '25

Estudante de Rádio, TV e Internet;
Apaixonada por entretenimento e romance teen;
Escrever💜 Música💜