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Career

Tendência No Mundo Do Trabalho: Quiet Quitting E Quiet Firing

This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Nos últimos anos, houve mudanças no ambiente profissional por conta da fusão entre o espaço de trabalho e o doméstico, devido ao isolamento ocasionado pelo Coronavírus. Segundo a Pesquisa Gestão de Pessoas na Crise Covid-19, o home office foi adotado por 46% das empresas durante a pandemia em 2020. Os trabalhadores tiveram que se adaptar a essa nova rotina e mudaram hábitos como, por exemplo, não mais se arrumar com roupas sociais para ir ao trabalho.

Outra transformação ocorrida no setor foi a entrada da Geração Z, pessoas nascidas entre 1995 e 2010, no mercado de trabalho. Essa geração sempre esteve em contato com a grande diversidade e troca de informações, pois cresceu no meio digital e junto com a expansão da tecnologia.

A plataforma de insights e estudos Gente analisou que, para essa parcela da população, é importante “enxergar a empresa como um espaço de oportunidades de desenvolvimento” e estabilidade, favorecendo o seu próprio aprendizado. Dessa forma, o ambiente de trabalho precisa despertar o interesse para que consiga um bom desempenho desses trabalhadores. 

Nesse contexto, as empresas têm o desafio de criar um ambiente em que haja relações produtivas entre os empregados para que não ocorram conflitos intergeracionais e, também, para que a readaptação no ambiente profissional depois da pandemia aconteça de maneira confortável. Porém, uma nova postura adotada pelos trabalhadores, a chamada Quiet Quitting, se popularizou após o uso e intensificação do home office. As empresas, descontentes com esse comportamento, começaram a tomar uma medida que ficou conhecida como Quiet Firing como forma de intervenção e correção.  

A ação do “Quiet Quitting”

A expressão Quiet Quitting refere-se à tendência global dos empregados de não se sobrecarregarem com as tarefas do trabalho. O funcionário realiza todas as atividades que foram solicitadas, mas não tende a resolver problemas que não foram designados para ele, fazendo o mínimo para manter o emprego.

Essa prática se popularizou para conter o esgotamento mental que muitos trabalhadores passaram a desenvolver ao trabalhar em casa durante a pandemia por não conseguirem delimitar a vida pessoal e privada, além de muitos, trabalharem mais horas em relação ao expediente regular. 

Podemos ver essa crescente popularização entre os jovens no aplicativo TikTok em que ironizam essa atitude com vídeos em formato de ponto de vista (POV), ou com frases similares a “se o salário é mínimo, o esforço também é”. Esses curtas humorísticos apresentam que a postura adotada revela o descontentamento com o salário que um empregado recebe e a demanda que a empresa exige dele. 

@pedroscon

se o salário é mínimo o esforço tbm #foryou #fyp #fyyy

♬ original sound – baddie w/ a fattie

Medida Preventiva: “Quiet Firing”

As empresas e gestores enxergam essa execução de trabalho mínimo como forma de desinteresse e falta de dedicação do funcionário. Nessa perspectiva, os chefes acabam criando metas irreais para os empregados, minam oportunidades de crescimento, não designam tarefas, negam feedbacks ou ainda ressaltam somente os pontos negativos de seu desempenho.

São justamente essas ações que são utilizadas estrategicamente para cortar funcionários sob a justificativa de estarem obsoletos em seus cargos e que compõem o Quiet Firing (demissão silenciosa).

Outro fator a se levar em consideração é a relação distante entre empregador e empregado que se intensificou com o home office. Segundo a pesquisa feita pela Royal Society for Public Health, organização britânica de saúde, 67% dos trabalhadores em home office constataram que se sentiam menos ligados aos seus colegas. A perda de conexão com os parceiros de trabalho gera falta de comunicação e facilita para a empresa criar um cenário frustrante para o funcionário, no qual ele se sinta isolado e incompetente.   

Grandes veículos internacionais, como a revista Forbes e a revista Time, produziram matérias sobre o assunto com o intuito de ajudar os funcionários a identificarem esse tipo de tratamento (Quiet Firing). É importante a discussão sobre o Quiet Firing e Quiet Quitting pois permite ao trabalhador repensar sobre o equilíbrio necessário entre o trabalho e sua vida pessoal.

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O texto acima foi editado por Mariana Letizio.

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Mayara Campos Passos

Casper Libero '25

I love the world of pop music, I have a real addiction to music awards shows. In my spare time, I love to discover curiosities about diverse cultures. I like to discover new things and write about them.