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Culture

#QuarentArt: 5 Artistas Brasileiros Para Conhecer e Apoiar na Quarentena

This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Já pensou como seria o mundo sem arte? Melhor dizendo, como seria sua quarentena sem a arte? Muito provavelmente não iria ver séries, filmes, ouvir música, ler livros ou até mesmo usar uma camiseta com uma estampa legal e criativa. A arte faz parte do nosso dia a dia em cada pequeno detalhe e, mesmo que passe despercebida, ela faz toda diferença em como nos sentimos e comportamos. Arte é expressão de ideias, emoções e manifestação de opinião. Sem ela, muito do que somos como seres humanos e indivíduos não existiria. 

Neste momento alarmante de saúde (física e mental) pública, o ideal é ocupar a mente com atividades de lazer, entretenimento e aproveitar o tempo para conhecer e apoiar músicos, escritores e desenhistas que dependiam da interação social  e têm seu trabalho prejudicado devido ao isolamento social. 

Para se ajustar a esse cenário, muitos artistas têm procurado alternativas de continuar produzindo seu conteúdo e manter o contato com os fãs e seguidores.   

Terno Rei

O grupo musical Terno Rei é formada por Ale Sater (baixo e voz), Bruno Paschoal (guitarra, sintetizador e voz), Greg Maya (guitarra e sintetizador) e Luis Cardoso (bateria).  A banda paulistana mistura rock alternativo com dream pop e, já no primeiro álbum de estúdio “Vigília” (2014), flerta com batidas de Lo-fi, resultando em um som intimista  e  com uma personalidade muito forte e autêntica. Por conta da quarentena, Ale Sater conta que a agenda de shows foi prejudicada, mas uma boa alternativa estão sendo as lives.

“A gente (a banda) tá, do ponto de vista financeiro, zerado né. Não tem show e aí não tem sustento. Mas isso abriu outras portas. Eu fiz três lives em duas semanas e foi muito legal porque tem gente do Brasil inteiro, tem gente que não teve oportunidade de ver o show.  Não é a banda toda na apresentação, mas é um jeito de ouvir as músicas ao vivo com o calor do momento e, de certa forma, isso ajuda a nos aproximar do público.”
Em relação ao aproveitamento do tempo, Sater disse que o período em casa é um bom momento para trabalhar em novos projetos. “Do ponto de vista artístico, nós estamos compondo e aproveitando agora para dar uma acelerada no próximo disco. A gente fica compartilhando nossas gravações caseiras das composições. Eu faço algumas, o “Sad” (Bruno) faz outras, o Greg e até o “Loobas” (Luis). Todo mundo tá compondo um pouquinho pra quando a gente entrar em estúdio já ter um monte de ideias e saber por onde começar”. 

O quarteto possui três álbuns, sendo “Violeta” (2019) a produção mais recente. O disco reflete um momento de crescimento e reinvenção da banda. Para mergulhar na trajetória do grupo durante esses seis anos, confira a playlist “Terno Rei Favs”

Gilsons

O trio formado por Francisco, José e João Gil nasceu sob influência do pai (e avô) Gilberto Gil – um dos principais nomes do MPB. O primeiro EP “Várias Queixas” (2019) conta com cinco faixas cheias de referências do cenário da música popular brasileira, que corre na veias dos três desde a infância. A faixa de mais sucesso, “Várias Queixas”, é uma regravação da música de mesmo nome do grupo Olodum (organização cultural que desde 1979 estimula arte, conhecimento e cultura, dando continuidade aos valores socioculturais africanos). De acordo com o trio, o nome ‘Gilsons’ foi ideia da mãe de Francisco, Preta Gil, que o sugeriu em tom de brincadeira, já que todos compartilham o mesmo sobrenome.

Os três prometem colaborar imensamente para o cenário musical brasileiro. Porém, enquanto eles não lançam novas músicas, vale a pena conhecer o início do trabalho da banda, que estreou de maneira brilhante.  

Lela Brandão 

Natural da capital de São Paulo, a artista plástica Lela Brandão explora a feminilidade e o autoconhecimento em seus desenhos, que vão de ilustrações a pinturas na parede. A artista costuma ir até a casa ou escritório dos clientes para fazer a arte, mas como estamos passando por um período de isolamento, essa etapa do processo está prejudicada. Assim, ela encontrou outros meios de continuar interagindo com seus seguidores e clientes e produzindo conteúdo – como vídeos sobre sua rotina e dicas de pintura. 

Para conhecer mais sobre Lela o instagram Estúdio Sinestesia (@estudiosinestesia) funciona como um portfólio online, reunindo muito dos seus trabalhos já feitos. Já sua conta pessoal (@lela.brandão) possui muitas produções novas para acompanhar e mergulhar mais no universo da artista. 

Paty Cozer 

Escritora e formada em Letras,  desde 2019 Patricia Cozer  publica em sua conta do instagram (@pattycozer) textos sobre autoconhecimento, amor, reflexões e crônicas. Para ela, o período da quarentena está sendo muito produtivo. “Eu senti  muita diferença no meu processo (criativo) em si porque eu já sou uma pessoa que gosta de ficar quieta e que precisa de calma para trabalhar. Então, com essa calma triplicada, a minha criatividade voou; desabrochou de um jeito que eu quero acordar mais cedo para poder escrever tudo que está vindo”, conta Cozer. 

Em seu instagram publicou o texto “Para Acalmar Seu Coração”, que foi escrito com o objetivo de tranquilizar aqueles que estão passando por um momento psicologicamente conturbado nessa quarentena. “O Brasil entrou em uma onda de medo, o vírus chegou aqui, eu não preciso ver para sentir o que as pessoas estão sentindo. Todo mundo que eu falava tava meio zonzo, meio sem saber como se nortear. Eu sentei e falei ‘cara, eu preciso escrever  algo que ajude as pessoas a pensarem e a se acalmar’ (…) É preciso pensar em uma onda contrária, porque o medo paralisa”, afirma Paty. Para conhecer mais do seu trabalho, o instagram de Paty é aberto e possui muitos textos inspiradores, que se encaixam perfeitamente em diversas situações de nossas vidas, muito além do isolamento social. 

Isa Baroni

Isabela Baroni (23) é tatuadora e possui um estúdio próprio em Mogi das Cruzes (SP), onde cria tatuagens com  um estilo autêntico e delicado, retratando muitos elementos da natureza como folhas, flores, insetos e ramos de plantas. Seus traços são finos e grossos, que variam de acordo com o efeito e particularidade de cada figura. Para ela, a quarentena atrapalhou sua rotina, já que depende dos clientes para tatuar. Porém, Isa está criando maneiras de manter o trabalho mesmo com o isolamento.

“Está sendo difícil, mas não impossível. Estou tentando usar esse tempo livre para me manter produtiva. Iniciar projetos que estava procrastinando há tempos. Como não dá para tatuar nesse período, estou vendendo alguns vouchers de tattoo e ilustrações (…) Tive que remanejar todos os meus clientes. E o grande problema é não saber quando vou voltar a trabalhar”. 

Para Baroni, nem todos os dias são fáceis, mas ter um pensamento positivo neste período de quarentena é importante para que as atividades fluam bem. “Tento me manter bem produtiva e seguir uma rotina de desenho. Tem dias que não consigo, mas estou tentando ir um dia de cada vez, não me cobrando muito. E tentar tirar alguma coisa boa disso tudo.”

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A matéria acima foi editada por Bruna Sales

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Mariana Pastorello

Casper Libero '22

Student of journalism, passionate about music, series and culture seeking to find entertainment and unique moments.
Giovanna Pascucci

Casper Libero '22

Estudante de Relações Públicas na Faculdade Cásper Líbero que ama animais e falar sobre séries.