Faltam alguns dias da Copa do Mundo de 2019 e o Brasil tem se movimentado para o Mundial que se aproxima. A Seleção já está em fase de concentração e se hospedou em Portimão, uma cidade em Portugal, para intensificar a preparação para a Copa do Mundo.
Com maior visibilidade do que em outros anos, o Mundial feminino contará com emissoras de TV aberta e fechada no Brasil, que transmitirão todo o campeonato. Isso é uma grande conquista para o futebol feminino.
O que podemos esperar da Seleção Brasileira? Com nove derrotas consecutivas, o técnico Vadão foi fortemente criticado, mas continua no comando da Seleção Principal Feminina. No torneio preparatório, o She Believes Cup, a Seleção perdeu todos os jogos em que participou e não teve nenhuma pontuação positiva, acumulando atuações ruins.
Perdemos para Seleções fracas que ainda estão se firmando no futebol mundial, e as derrotas de Vadão refletem o descaso que a CBF ainda possui com o futebol feminino. Um técnico da Seleção Principal Masculina, com certeza após nove derrotas estaria longe do comando do time. E por que tratar a Seleção Feminina de forma diferente? É a pergunta que deveríamos fazer sempre.
Para a modalidade se desenvolver no país é preciso investimento e apoio constante para que possamos, de fato, sermos campeãs do mundo. Não apenas mobilizações em épocas de torneios ou prestígio maior quando a Seleção de Neymar vai mal.
Mesmo com derrotas acumuladas pelo técnico Vadão, as jogadoras que se dedicam e dão seu sangue pelo futebol podem mudar a história do Mundial. Nossas expectativas estão depositadas em quem joga pelo Brasil, heroínas que levam nossa bandeira no peito e recebem muito pouco em troca, até mesmo de nós espectadores, quando não damos a visibilidade e o prestígio que merecem.
Nossa seleção individualmente é composta por jogadoras de muita habilidade e isso ainda pode mudar um jogo. Cristiane, Formiga e Marta (que ainda não sabemos se jogará por conta de uma lesão recente) levam o peso de serem veteranas em uma Seleção com jovens talentos como Geyse e Ludmilla, duas atacantes velozes recém chegadas na Seleção Brasileira, que podem fazer a diferença.
A atacante Andressa Alves, do Barcelona, que chegou a uma final de Champions League, é outra atacante do Brasil que tem feito boas atuações. Apesar da confiança abalada na tática do técnico Vadão, acreditamos que as jogadoras podem brilhar e trazer bons resultados.
Nosso papel como apoiadores do futebol feminino do Brasil é dar audiência para nossas jogadoras e questionarmos o fato da escolha da CBF em continuar com um trabalho que não estava dando resultados. Torcer primeiramente para que, mesmo em meio esse descaso, a Seleção possa ter uma boa atuação e ser reconhecida mundialmente.