O mercado de trabalho brasileiro está em constante transformação, impulsionado por avanços tecnológicos, mudanças econômicas e sociais. Nesse cenário, algumas profissões tradicionais enfrentam o fenômeno do “envelhecimento”, ou seja, sofrem profundas transformações que em alguns casos podem deixar de existir.
Um dos principais motivos para a mudança nas profissões é o avanço da tecnologia e dos avanços da I.A (Inteligência Artificial). Tarefas repetitivas ou operacionais – como as exercidas por caixas de banco, atendentes de call center e operadores de caixa – vêm sendo substituídos por sistemas automatizados de autoatendimento.
Outro impacto relevante é o surgimento de novas ocupações. Com as transformações tecnológicas, as empresas precisam se adaptar e contratar profissionais capacitados para lidar com a nova realidade. Ter conhecimento sobre as novas tecnologias se torna um diferencial na hora de procurar um emprego.
Muitos profissionais se veem obrigados a adquirir novas habilidades para atender às demandas de um mercado cada vez mais tecnológico e dinâmico. Em alguns casos, as próprias empresas podem exigir ou contratar quem está mais apto a lidar com as novas funções tecnológicas, que tenham conhecimentos em áreas como informática, análise de dados e comunicação digital.
No entanto, o acesso a cursos de capacitação de qualidade ainda é limitado, especialmente para pessoas de baixa renda ou que vivem fora dos grandes centros urbanos. Essa barreira dificulta a reinserção no mercado e amplia a desigualdade entre os que conseguem acompanhar as mudanças e os que ficam para trás.
Profissões em declínio até 2030
Segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial, elaborado a partir da percepção dos empregadores sobre as vagas que devem crescer, diminuir ou permanecer estáveis nos próximos cinco anos, muitas profissões estão em risco de desaparecer. De acordo com os executivos entrevistados, as funções de trabalho com maior crescimento até 2030, em termos percentuais, devem ser impulsionadas por avanços em I.A., robótica, digitalização e outras inovações tecnológicas.
Outros exemplos de profissões que podem acabar até 2030 são escriturários dos Correios, vendedores porta-a-porta, jornaleiros e vendedores ambulantes e escriturários relacionados, assistente administrativo, trabalhadores de impressão e atividades relacionadas, ajustadores, examinadores e investigadores de sinistros, frentista, bibliotecário, operador de pedágio.
Destacam-se os escriturários dos Correios, cuja função está em declínio devido à digitalização das correspondências e ao uso crescente de meios eletrônicos de comunicação. De acordo com a revista Meu Valor Digital, isso tem reduzido significativamente a demanda por serviços postais tradicionais e, consequentemente, a necessidade de carteiros e demais profissionais envolvidos na entrega física de cartas.
Entre os outros citados, os motivos para o declínio giram em torno de:
- Vendedores porta-a-porta, jornaleiros e vendedores ambulantes: o avanço do e-commerce diminuiu a procura por vendas presenciais;
- Assistente administrativo: muitas funções passaram a ser realizadas por softwares e assistentes virtuais;
- Trabalhadores de impressão e atividades relacionadas: a digitalização de documentos diminuiu a demanda por impressões físicas;
- Ajustadores, examinadores e investigadores de sinistros: algoritmos podem analisar dados com rapidez e precisão;
- Frentista: é uma profissão que consegue automatizar os processos e em alguns países nem existe;
- Bibliotecário: está sujeita à evolução tecnológica e às mudanças no mercado de trabalho;
- Operador de pedágio: sistemas automáticos de cobrança têm substituído os profissionais humanos.
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O artigo acima foi editado por Juliana Santos.
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