No dia 08 de março é celebrado o dia das mulheres, mas essa não é uma simples data comercial, ela existe para reforçar a luta diária que as mulheres enfrentam: pelo direito de se expressar, de se manifestar e, principalmente, pelo direito de viver, no Brasil e no mundo.
Por conta disso, este dia, e todo o mês de março, deve ser utilizado para enaltecer e se inspirar nas mulheres incríveis que estão à nossa volta. Vem conhecer quatro mulheres inspiradoras que transformaram a maneira de fazer comunicação no Brasil:
Jornalismo – Antonieta de Barros
Antonieta de Barros foi uma jornalista, professora e política brasileira. Uma das primeiras mulheres eleitas no Brasil e a primeira negra brasileira a assumir um mandato popular, tendo sido pioneira e inspiração para o movimento negro. Antonieta contribuiu no parlamento, na imprensa e no magistério, foi uma ativa defensora da emancipação feminina e de uma educação de qualidade para todos.
Ela fez história ao se tornar a primeira deputada estadual negra de Santa Catarina, após o sufrágio feminino ter sido implementado. Sua atuação política foi significativa, incluindo a criação do Dia do Professor, que se tornou uma lei nacional em 1963.
Antonieta de Barros faleceu em 1952, mas seu legado persiste na promoção dos direitos das mulheres e na melhoria da educação no Brasil. Em 2023, seu nome foi inscrito no Livro de Aço dos Heróis e heroínas nacionais, depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves.
Audiovisual – Adélia Sampaio
Adélia Sampaio foi uma pioneira na cinematografia negra brasileira, enfrentando um ambiente predominantemente patriarcal, branco e elitista.
Nascida em 1944, Adélia teve uma infância difícil devido a problemas financeiros. Foi aos 13 anos que teve seu primeiro contato com o cinema, por meio do filme Ivan, o terrível, e a partir dessa experiência começou a buscar oportunidades no mundo cinematográfico.
Em 1979, ela estreou como diretora com o curta-metragem Denúncia Vazia, marcando o início de uma carreira que desafiaria barreiras e expandiria os horizontes do cinema nacional. Longas como Amor Maldito, AI-5 – O dia que não existiu e o documentário Fugindo do passado: Um drink para Tetéia e História Banal são as principais obras de sua carreira, que tem enorme importância para a cultura nacional.
Relações públicas – Kiki Moretti
Formada em jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Kiki Moretti criou a In Press em 1988, iniciando uma trajetória de 29 anos entre as líderes do mercado de comunicação brasileiro. Sua empresa já foi escolhida como Agência do Ano quatro vezes pelo Comunique-se e como melhor agência de RP do Brasil segundo o prScope 2015.
Atualmente, Kiki Moretti lidera um grupo de mais de 500 pessoas, com 75% dos cargos de liderança ocupados por mulheres, em escritórios nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. A CEO também assinou oficialmente a participação no Women’s Empowerment Principles, tornando o Grupo In Press signatário do Pacto de Igualdade de Gênero da ONU e parceiro estratégico da ONU Mulheres.
Publicidade e propaganda – Joanna Monteiro
Joanna Monteiro foi escolhida em 2017 como a publicitária mais admirada do país pelos profissionais das agências de propaganda, segundo pesquisa do Agency Scope. Pela primeira vez, uma mulher estava no topo deste ranking. Jonna também possui outras premiações por seu trabalho na publicidade e atualmente atua como Co-CCO (Chief Creative Officer) na Agência Africa, considerada uma das agências mais criativas e inovadoras do mundo. Também já ganhou 38 Leões no Festival Internacional de Criatividade de Cannes, incluindo um Grand Prix na categoria Mobile e foi considerada “Woman to Watch” pela Advertising Age.
Essas mulheres são exemplos inspiradores, que merecem ser conhecidas e apreciadas graças a seus feitos para a comunicação brasileira, pela resiliência e luta de cada uma, e por seus trabalhos, feitos com excelência!
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O artigo acima foi editado por Júlia Salvi.
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