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McPicanha Sem Picanha: Relembre Essa E Outras Polêmicas Envolvendo Comidas Que Não Eram O Que Pareciam

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The opinions expressed in this article are the writer’s own and do not reflect the views of Her Campus.
This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Uma propaganda que parecia como qualquer outra acabou gerando diversas polêmicas para a rede de fast food McDonald’s. Após uma denúncia feita nas redes sociais pelo criador de conteúdo “Srccoo – Coma com os olhos” , a propaganda dos novos McPicanhas foi dada como enganosa após não deixar totalmente claro ao consumidor que os hambúrgueres em si não eram feitos de picanha, mas sim, que o molho tinha esse sabor.  

A empresa, então, decidiu suspender as vendas do lanche e prometeu voltar com ele em breve (com o nome correto, dessa vez). A contrapropaganda deverá ser divulgada na mesma proporção que a anterior.

Mas se engana quem pensa que tais problemas e confusões com anúncios são algo novo, confira agora outras 5 propagandas que acabaram causando essa mesma confusão:

1 – Whopper costela

Mais uma vez falando sobre lanches, a rede de fast food Burger King foi notificada no dia 3 de maio deste ano com críticas do público sobre a autenticidade da propaganda do “Whopper costela”. O hambúrguer continha paleta suína e somente o aroma natural de costela, e suas especificações não eram explícitas. Além de receber uma notificação do Procon-SP informando que a empresa deverá apresentar a tabela nutricional do sanduíche, testes de qualidade e outras informações sobre o alimento foram exigidos; o Burger King se posicionou em suas redes sociais afirmando que preza pela transparência e que a mudança do nome no cardápio será feita (mesma receita que a anterior, mas agora se chamando “Whopper paleta suína”).

2 – Tang

Buscando associar o produto a uma imagem mais natural e saudável, em 2017, os sucos em pó “Tang” incluíram em seus rótulos que eram feitos “Sem corantes artificiais”. No entanto, não havia nenhuma informação relatando que o produto possuía outros tipos de corantes em sua fórmula. Tal ato foi penalizado, pois, segundo o Código do Consumidor, a propaganda ia contra os princípios de transparência da empresa para com o cliente. A Mondelez, marca detentora da Tang, foi multada em R$ 1 milhão pela Secretaria Nacional do Consumidor. 

3 – Activia

Em 2008, os comerciais dos iogurtes da marca Activia foram acusados de induzir o consumidor ao erro. Além de usar termos como “cientificamente” nas propagandas, sem nenhuma comprovação científica, de fato, as características positivas do produto foram postas de forma tão exagerada que dava a entender que ele era uma solução no tratamento de problemas de constipação intestinal, sendo que ele ajudava apenas no equilíbrio da flora intestinal. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu as propagandas no país e, nos Estados Unidos, essa mesma acusação foi feita, rendendo multa de $21 milhões de dólares para a empresa Danone.

4 – Nutella

Os comerciais propagando a Nutella como exemplo de alimento equilibrado e saboroso, principalmente para crianças, e a falta de detalhação nos elementos nutricionais do produto, fizeram com que o grupo Ferrero (fabricante do produto), fosse acusado de omitir informações importantes para o consumidor sobre o nível de gordura contido no alimento. O caso ocorreu em 2012 e a empresa pagou uma indenização de $3 milhões de dólares para os clientes dos Estados Unidos. Então, a abordagem da empresa mudou, revendo-se as ações de marketing e detalhando-se  melhor os valores nutricionais.

5 – Del Valle Fresh

No dia 13 de abril deste ano, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) fez uma denúncia ao Procon-DF contra os distribuidores dos produtos da marca Coca-Cola. Ainda em análise e sem posicionamento da marca, a alegação seria referente aos sucos da linha Del Valle Fresh, que eram vendidos sob uma imagem de bebida saudável, natural e à base de frutas, enquanto sua composição não permite que o produto seja classificado dessa forma. Além do excesso de açúcares e gorduras, as embalagens podem induzir o consumidor ao erro, associando as imagens das frutas como elemento mais presente em sua composição, quando, na verdade, as frutas não correspondem a mais de 1,5% do conteúdo.

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O artigo acima foi editado por Giulia Howard.

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Larissa Gabriel

Casper Libero '25

Apaixonada por cultura e entretenimento.