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The opinions expressed in this article are the writer’s own and do not reflect the views of Her Campus.
This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

O que acontece quando você acaba de entrar nos seus vinte anos e está cheia de vida, mas não curte sair de casa? Talvez você seja uma jovem senhora e não há nada de errado com isso!

Se você, querida amiga, já deixou de ser chamada para sair ou foi chamada de chata por ir embora de um rolê mais cedo, saiba que você não está sozinha! Eu e você somos conhecidas como “jovens senhoras”, basicamente, preferimos viver uma vida parecida com a de uma mulher aposentada: ficar em casa, ler, sair para tomar um cafezinho, acordar cedo, fazer compras, etc. 

Apesar de boa parcela da Geração Z preferir ficar em casa do que sair, ainda há uma barreira sobre esse assunto que divide opiniões, mas afinal, estilo de vida com mais conforto ou perda da juventude?

Não somos jovens o suficiente

Antes de tudo, vamos parar de usar o termo “jovens senhoras”, ele não é legal para ambas gerações.

Para nós, jovens, já está implícito no termo que estamos perdendo a nossa juventude e nos tornando idosas antes de atingirmos os 60 anos, da mesma forma que a sociedade patriarcal acredita que se você é uma idosa, deve por obrigação ficar em casa tricotando e cozinhando. 

Afinal, ser idosa nunca foi sinônimo de ficar em casa, assim como ser jovem nunca foi sinônimo de curtir festas e baladas. 

Talvez  estejamos apenas decepcionadas porque vimos as festas retratadas em filmes e músicas quando crianças e (1) fomos impedidas por uma pandemia e (2) descobrimos que festas e baladas não são tão legais assim. 

Mas o problema é que essa é apenas a nossa opinião. Para a nossa surpresa, há pessoas que genuinamente curtem o estilo de vida da nightlife e elas não entendem que nós não vivemos o mesmo estilo de vida.

Dessa forma, somos alvo de diversas críticas e, pessoalmente a pior de todas, que não somos jovens o suficiente, que estamos desperdiçando os nossos anos de ouro. Até onde eu sei, cultivar o nosso bem estar e mente nos deixa bem felizes e nos faz sentirmos extremamente rejuvenescidas.

Afinal, perda de juventude para QUEM? Para algumas pessoas, porque no nosso caso, preferimos ficar em casa lendo livros e assistindo a TikToks.

Incentivo das redes sociais

Há ainda quem defenda que as redes sociais são as vilãs, mas elas foram as pioneiras da disseminação de conteúdos de wellness e conforto. 

Trends como clean girl aesthetic, o estilo no qual prioriza uma vida mais refrescante, como se você tivesse acabado de sair do banho, e mais minimalista e incentiva a calma, explodiu nas redes sociais no último ano e uma de suas pioneiras é ninguém mais do que Hailey Bieber.

Essa estética vai contra toda a estética dos anos 2000 e 2010 nos quais o que se sobressaia eram as cores vibrantes e estilo cheio de informação. A vida deveria ser turbinada de festas, bebidas e ressaca. 

Logo no início da década de 2020,  as it girls do momento decidiram que era hora de mudar esse estilo predominante na indústria de cinema, música e redes sociais e propagar o cuidado com o corpo e a mente e priorizar o conforto. 

O motivo da drástica mudança? Não sabemos, mas um palpite é que a pandemia trouxe consigo muito tempo livre para cuidarmos de nós mesmas, e descobrimos que o self care é simplesmente incrível!  

Para além de ser uma clean girl, as redes sociais cada vez mais propõem trends que incentivam uma vida mais calma, como a música: “I think I like this little life”, o Pinterest cada vez mais dando relevância a conteúdos mais calmos e criadores focados em sugerir lugares calmos e clean para passeio.

O estilo cozy também é bastante popular e relevante principalmente nos meses de inverno. Ele consiste em um ambiente com luzes indiretas, com uma temperatura agradável para você se sentir o mais confortável possível para ler um livro ou assistir a uma série. 

Ficamos sozinhas, mas não somos sozinhas

Ei, tem gente que gosta da própria companhia e quando você descobre que você se curtir é maravilhoso, não tem mais volta.

Infelizmente, é muito difícil ficar sozinha lendo um livro, por exemplo, quando sua mente está a milhão e seu corpo está ansioso. Se esse é o seu caso, busque ajuda de um profissional. 

Ficar sozinha traz diversos benefícios à sua saúde como o aumento da sua concentração e produtividade, criatividade e até relacionamentos! Além disso, o medo de perder alguém, como um namorado ou amigo, diminui, porque a dependência emocional da sua vida se completar pelo outro não existe mais. Você percebe que você já está mais do que completa.

Apesar do fato de que nunca nos encontraremos às 5h da manhã em uma balada ou nos jogos universitários da nossa faculdade, nós temos uma vida social muito ativa! Da mesma forma que ser idosa não é sinônimo de ficar em casa, gostar de ficar sozinha não é sinônimo de solidão. 

Nós ainda temos um bom grupo de amigas e um parceiro leal, só temos outras programações e formas diferentes de socializar.

Curtimos ir a um restaurante descolado, tomar um bom vinho e pedir uma pizza em casa enquanto assistimos a uma série ou nos encontrarmos com o simples intuito da atividade mais primitiva e essencial da humanidade: fofocar. 

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Texto editado por Ana Luiza Sanfilippo

Isa Mucilo

Casper Libero '26

Studying journalism at Cásper Líbero College, I am amused by the culture world- such as movies, books, tv shows and theatre. I aim to inspire girls to develop the same passion I feel for those things by my articles and words.