Ontem, 5 de junho, a Nintendo oficialmente lançou o Switch 2, console que dá sequência ao sucesso do híbrido lançado em 2017. Com novidades em hardware e jogos exclusivos, a expectativa é de que o novo aparelho redefina tendências no setor e reacenda a disputa entre as gigantes dos games. Para entender mais dessa novidade, a Her Campus conversou com fãs da marca e a jornalista especializada em games Maria Eduarda Cury, que o testou previamente.
Veja abaixo mais especificações, polêmicas e se vale a pena dar o play e comprar o novo console.
Tecnologia avançada e gráficos otimizados
O Switch 2 traz um salto técnico: processador mais rápido, carregamento veloz e suporte à tecnologia DLSS da Nvidia, que melhora os gráficos mesmo em modo portátil. Essa inovação aproxima a Nintendo da performance de consoles como o PS5, mantendo seu diferencial: a mobilidade.
As especificações do novo console indicam que ele terá cerca de 1,71 TFLOPs de desempenho gráfico portátil, e até 3,07 TFLOPs quando conectado ao dock. No entanto, é importante destacar que estudos recentes apontam que teraflops não são o único indicador do potencial real de um console atualmente. Além disso, ele deve contar com uma placa gráfica semelhante à de uma RTX 2050 ou 2060.
Em análise divulgada pelas suas redes sociais, o influenciador gamer Othelerra afirma que, em termos de desempenho bruto, ele pode se aproximar do Xbox Series S — com a vantagem de utilizar DLSS para otimizar gráficos, tanto no modo portátil quanto conectado ao dock, onde alcança maior potência.
Comparação entre o Switch 1 e 2
Se você está em dúvida sobre investir no Nintendo Switch original ou no Switch 2, ou até mesmo trocar o console da família Switch, vale saber que o original ainda funciona bem, apesar de ter somente 0,3 teraflops de potência. Porém, é importante lembrar que a Nintendo pode desativar consoles antigos globalmente, como já fez antes — o que consta nos termos de uso da empresa.
Para analisar as principais diferenças entre o modelo lançado em 2017 e o lançado este ano, o influenciador Igor Saringer foi convidado pela Nintendo a viajar para Nova Iorque um mês antes do lançamento. Na comparação dos consoles, ele destaca as mudanças na tela: O Switch 1 OLED tem uma tela de 7 polegadas, enquanto o Switch 2 vem com 7,9 polegadas. Quem testou percebeu uma diferença grande no manuseio, já a que tecnologia da tela usa LCD, com a versão OLED prevista para o futuro.
Quanto ao design: a parte traseira mudou, o modo mesa ficou mais fino e limpo, mas continua resistente e com peso equilibrado — nada de controles caindo quando apoiados. As conexões e botões sofreram alterações, mas a entrada para fone de ouvido permanece no mesmo lugar e os botões de volume e liga/desliga também foram mantidos.
A entrada USB-C agora é dupla — uma na parte inferior e outra mais em cima, permitindo carregar o Switch 2 no modo mesa, além de conectar acessórios, algo que não era possível no Switch 1. Os controles são maiores, mais confortáveis e têm botões maiores. As cores estão mais discretas. Por fim, o encaixe também mudou: no Switch 1, o controle desencaixava com um movimento lateral; no Switch 2, há um sistema magnético bem mais prático, que libera o controle ao apertar um botão atrás.
Além de todas essas mudanças, a Nintendo trouxe novidades como um sensor que funciona como uma espécie de mouse. Contudo, o slot para cartão microSD continua escondido sob a base de apoio e, se você já tem uma case para o Switch original, ela não servirá no Switch 2, que é maior.
Jogos exclusivos que não rodam no Switch antigo
Com o lançamento do Switch 2, os fãs podem ficar mais tranquilos, pois o console é compatível com todos os jogos lançados para o modelo anterior. Mas o contrário não se aplica: títulos desenvolvidos exclusivamente para o novo hardware não funcionarão no Switch 1, representando um divisor de águas para a base de usuários.
Games third-party como The Witcher 3 e Hogwarts Legacy, já disponíveis no Switch atual, seguem competitivos: aparecem com frequência em promoções mais vantajosas que nas lojas da PlayStation e Xbox.
A nova geração também traz jogos exclusivos que não serão compatíveis com o modelo anterior. Zelda: Echoes of Wisdom e Super Mario Universe são dois exemplos de títulos que exigem o poder de processamento do Switch 2. A tendência é clara: quem deseja acompanhar os grandes lançamentos da marca terá que considerar o upgrade.
Expectativa do público está nas alturas
Com o lançamento do Switch 2, a Nintendo promete um salto significativo em desempenho. O novo console deve ser compatível com jogos da atual geração, acompanhando o ritmo de títulos disponíveis para PS5 e Xbox Séries. Quando o PlayStation 6 e um possível novo Xbox forem lançados, o Switch 2 tende a se consolidar como a opção mais acessível entre os consoles de última geração.
A jornalista Maria Eduarda Cury, que conversou com a Her Campus, comentou sobre a expectativa e o clima entre os consumidores: “Vejo que consumidores estão tão curiosos quanto receosos, o que pode mudar conforme mais análises de desempenho para jogos que não sejam originais da empresa japonesa comecem a aparecer nas redes sociais.”
Nelas, o hype é real. Milhares de fãs comentam, especulam e até simulam unboxings do Switch 2. A promessa de gráficos melhores e jogabilidade fluida animou veteranos e novos jogadores, consolidando a ansiedade pelo lançamento. O estudante de jornalismo João Aranda disse: “Estou muito ansioso, afinal, sou nintendista. Pretendo vender o meu Nintendo Switch 1 para comprar o 2 e continuar jogando.”
O preço oficial do modelo básico é de R$4.500,00, cerca de US$ 449,99. Se você quiser o combo com Mario Kart World, o valor vai para R$4.800,00 (US$ 499,99). A Nintendo também anunciou os preços da nova geração: esse jogo, fora do bundle, vai custar R$499,00. Já Donkey Kong Banana, que lança um mês depois, chega por R$440,00. A empresa confirmou que cada jogo terá sua própria precificação.
Maria Eduarda comenta que os preços definitivamente afetarão potenciais compradores, mas os últimos anos da Nintendo no Brasil já foram marcados por aumentos de preços que assustaram consumidores — e fizeram com que fãs de longa data dependessem de ofertas publicadas por lojas ou influenciadores.
Vale dar o play?
A jornalista também afirmou: “Acho que a Nintendo tem potencial de mudar seu posicionamento de mercado, frequentemente mais casual, com um console portátil mais potente do que o antecessor e, ainda, desenvolver um aparelho mais atrativo para jogadores que não sejam exclusivamente fãs de seus títulos originais — especialmente no Brasil, país no qual PCs portáteis são excessivamente caros e incomuns.”
Ela ainda complementa: “Isso pode fazer com que a desenvolvedora japonesa esteja mais antenada com as tendências de compartilhamento de bibliotecas virtuais maiores, algo que será implementado na reformulada loja própria da marca.”
As novas funções sociais, como a comunicação por voz e vídeo, também contribuem para tal e trazem de volta um fator social que uma grande parcela de consumidores deseja ver em vigor. Se você é fã de longa data ou quer explorar o universo Nintendo com qualidade gráfica superior, o Switch 2 entrega. Para quem curte jogos exclusivos e portabilidade, é um investimento com potencial. Mas, se o preço for um obstáculo, vale esperar promoções ou o modelo Lite.
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O texto acima foi editado por Eduarda Lessa.
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