As eleições de 2018 trouxeram ao Estado de São Paulo, pela primeira vez, um mandato coletivo. A Bancada Ativista foi eleita com o total de 149.844 votos, tendo a jornalista Mônica Seixas como porta-voz do coletivo. Devido ao fato de o mandato ser informal dentro da regulamentação legislativa (a lei prevê apenas um nome aparecendo na urna no momento do voto), Mônica é que assumiu o papel de representante do grupo e conquistou a vaga de deputada estadual na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) pelo PSOL.
Porém, a atuação de Mônica se dá em total conjunto com os outros oito co-deputados. A Bancada é composta por: Mônica Seixas, Anne Rammi, Chirley Pankará, Erika Hilton, Paula Aparecida, Jesus dos Santos, Fernando Ferrari, Claudio Visoni e Raquel Marques.
Imagem: Facebook.
Em outras palavras, todos são parlamentares ao mesmo tempo. O financiamento da Bancada também se dá de forma coletiva e suas atividades são financiadas por doações de pessoas físicas envolvidas com o movimento, portanto, se dizem como um movimento independente.
Definem-se como “um movimento suprapartidário dedicado a eleger ativistas para o poder legislativo em São Paulo, composto por pessoas com atuação em múltiplas causas sociais, econômicas, políticas e ambientais”. Suas propostas giram em torno do combate às desigualdades e ao femincídio e por educação e saúde libertadoras, em defesa da produção cultural nas periferias, pelo direito indígena, integração social com o ambiente, segurança justa e humanizada. O movimento reúne representantes de diversas minorias no contexto atual brasileiro, e em 4 anos buscarão representa-las nas decisões legislativas.
A Bancada Ativista, com seu modelo diferente de se organizar e fazer política, traduz um pensamento progressista que visa transformar práticas passadas em outras que resultam na real execução do bem comum.