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Culture

Drill: O Que É Esta Vertente Do Rap E Como Ela Se Manifesta?

The opinions expressed in this article are the writer’s own and do not reflect the views of Her Campus.
This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Nascido no sul de Chicago, há mais de dez anos, como desdobramento do trap, o drill surge com letras que abordam as vivências da periferia. A vertente, que se reinventou no Reino Unido com estilo de beat “deslizado” e uma atmosfera sombria, ganha cada vez mais espaço e destaque na cena do rap atual.

O drill, usado como gíria e significa “ir à luta”, surgiu no sul de Chicago na década de 2010, chamado também no início de “som das gangues”. O estilo surge como um desdobramento do trap, o estilo de rap mais escutado do mundo atualmente. De forma clara, os artistas retratam a vida cotidiana nas periferias. Entre os pioneiros está o rapper Pac Man que lançou em 2010 uma música chamada “It´s a Drill”. Dois anos depois, Chief Keef, com “I Don´t Like”, chama atenção de Kanye West, que remixa a música e torna o drill mais conhecido nos EUA. 

No mesmo ano, ao desembarcar no Reino Unido, se reinventa e surge o UK drill. Influenciado pelo grime, outra vertente do rap, que passou a mesclar beats pesados com um som mais eletrônico e dançante, sem deixar de lado a estética sombria. Ambos os estilos podem ser confundidos, porém o grime possui forte influência dos estilos eletrônicos britânicos e batidas mais aceleradas, por volta de 140 BPM, enquanto no drill varia entre 60 a 70 batidas por minuto. 

Com a popularização do gênero, artistas como Pop Smoke, Lil Durk, King Louie, Lil Bibby e Fredo Santana estão cada vez mais sendo reconhecidos mundialmente. 

Em entrevista à BANTUMEN, o cantor português, Minguito diz que “o objetivo é transformar toda a violência, armas, drogas, que nos rodeia em arte, para se exprimir num desabafo através da música”. No Brasil, o drill desembarcou pela primeira vez na voz do rapper baiano Vandal, ainda na década de 2010. 

Com personalidade brasileira, mistura o rap com funk e ganha representantes em diferenças regiões do país, que incorporam as regionalidades ao gênero. 

“Aqui se fala de futebol, crime e vivência, com muita verdade e muita propriedade, acho que é por isso que as coisas estão dando tão certo para quem está se aventurando em fazer, mas é aquela parada: é uma coisa muito verdadeira, então não adianta você querer mentir uma parada que você não tem. Os caras que fazem são vivência purinha.”

Diz Rennan Guerra, um dos produtores do Brasil Grime Show e proprietário da Casa do Meio para o Portal RND

Atualmente na cena brasileira com diversos artistas como N.I.N.A, SD9, Leall, Big Bllakk, Vhoor, FBC, Iza Sabino e Tasha e Tracie, se destacam e ganham cada vez mais espaço na música.

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O artigo acima foi editado por Izabella Giannola.

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Victória Abreu

Casper Libero '25

Estudante de jornalismo na Cásper Líbero, pisciana curiosa, gosto de aprender e falar de tudo um pouco