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DE TAYLOR SWIFT A MIDNIGHTS: ENTENDA AS DIFERENTES ERAS DA CANTORA

The opinions expressed in this article are the writer’s own and do not reflect the views of Her Campus.
This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Com uma turnê inesquecível, Taylor Swift, uma das cantoras mais amadas de 2023, comemora suas dez eras musicais. A cantora, que já acumula 17 anos de carreira, conquista mais fãs a cada lançamento.

Apesar de hoje qualquer um saber seu nome, as coisas nem sempre foram assim. Taylor começou no country, com seu primeiro álbum não tão conhecido. Ao longo desses anos, a loirinha passou por altos e baixos mas nunca decepcionou os fãs, sempre entregando hit após hit.

Com isso, que tal saber um pouco mais sobre cada uma dessas eras, de 2006 a 2023, para ir preparadíssima para a The Eras Tour?

TAYLOR SWIFT (2006)

Taylor Swift começou a se interessar por música quando era muito jovem, inicialmente sua paixão era o gênero country. Aos 11 anos, durante uma viagem para Nashville, ela deixou fitas demo em gravadoras. Aos 12, começou a tocar violão e escreveu suas primeiras músicas – não lançadas.

Enfim, aos 13 anos, a cantora conseguiu um contrato de artista em desenvolvimento na Big Machine Records, e se mudou com seus pais e seu irmão para Nashville. Com isso, em 2006, foi lançado seu álbum de estreia e seu primeiro single “Tim McGraw”.

Esse primeiro álbum leva o nome da cantora, Taylor Swift mas por ser o primeiro, muitos fãs também o chamam de Debut. Ele tem 15 músicas e segue o ritmo country. Como Taylor era muito jovem e ainda estava na escola, as letras, em sua maioria, falam sobre namorados da época e dúvidas adolescentes – como sensação de mudança e tentar achar seu lugar no mundo.

Logo que foi lançado, o álbum ficou em 19°lugar na Billboard 200, e vendeu mais de 67 mil cópias na primeira semana. Atualmente, algumas das músicas mais conhecidas são “Picture to Burn” e “Our Song”.

FEARLESS (2008)

Dois anos depois, Taylor lançou seu segundo álbum, chamado Fearless. Foi nesse momento que sua carreira começou a alavancar. O seu single principal, “Love Story”, que conta a história de Romeu e Julieta, com um final feliz, foi um sucesso global.

Além dele, a faixa oito, “Fifteen”, também foi single e fala sobre sua melhor amiga do ensino médio, Abigail. Inclusive, a amizade das duas continua até hoje. Os outros singles foram “White Horse”, “Fearless” e “You Belong With Me”.

O álbum estreou em primeiro na Billboard 200 e foi o mais vendido de 2009 nos Estados Unidos. Além disso, ele permitiu que Taylor fizesse sua primeira turnê, a Fearless Tour, que foi gravada e transformada no DVD Journey to Fearless. Além disso, a cantora também abriu os shows de Keith Urban na época.

Em meio a todo esse sucesso, não demorou muito para a loirinha começar a concorrer em premiações, e vencer. Em 2009, o videoclipe de “You Belong With Me” ganhou a categoria Melhor Vídeo Feminino no MTV VMA. A ocasião é muito marcante para os swifties porque durante seu discurso, Taylor foi interrompida por Kanye West, causando um momento ruim e constrangedor.

Além disso, Taylor ganhou cinco AMAs e o prêmio CMA Album of the Year. No Grammy de 2010, Swift ganhou o prêmio de Álbum do Ano e cantou sua música “Fifteen” com Miley Cyrus. E essa conexão com estrelas da Disney também veio em peso nesses anos.

A nossa Miss Americana participou e escreveu duas músicas para Hannah Montana: O Filme: “Crazier” e “You Belong With Me”. Na época, Taylor também namorava o cantor Joe Jonas, e admitiu no programa da Ellen DeGeneres ter escrito “Forever & Always” sobre o término dos dois, que aconteceu por parte dele em uma ligação de 27 segundos.

Por fim, essa foi a época em que conhecemos o lado atriz de Taylor Swift. Além de sua participação em Hannah Montana, ela também fez um episódio de CSI e participou do filme Valentine’s Day, com Taylor Lautner, seu namorado da época. E a loirinha marcou presença no programa de comédia SNL, apresentando a icônica “Monologue Song”.

SPEAK NOW (2010)

Ainda em uma fase Country, Taylor lançou seu terceiro álbum, Speak Now. Ele contém 14 músicas em sua versão original, e 22 em sua versão deluxe, todas escritas apenas pela loirinha. Na época Taylor chegou a cogitar dar o nome de “Enchanted” para o álbum, mas, junto com Scott Borchetta, presidente de sua gravadora, eles optaram pelo nome que conhecemos.

Com singles como “Mine”, “Mean” e “Back to December”, o álbum foi muito bem recebido pelos críticos e pelos fãs. Além de ser o primeiro de Taylor a vender mais de um milhão de cópias na semana de seu lançamento, ele também foi o álbum digital mais vendido por uma artista feminina, colocando a cantora no Guinness Book de 2010.

Além dessas conquistas, Swift ainda ganhou os Grammys de Melhor Música Country e Melhor Performance Solo de Country, pela música “Mean”, em 2012. Na ocasião, ela também apresentou a música ganhadora e o álbum Speak Now chegou a concorrer na categoria Melhor Álbum Country, mas não levou o prêmio.

E esse álbum também rendeu turnê! A Speak Now World Tour levou a loirinha para cantar na Ásia, Europa, América do Norte e Oceania. Além disso, em novembro de 2011, no meio dos shows, Swift lançou seu primeiro álbum ao vivo, o Speak Now: World Tour Live.

RED (2012)

A era Red começou com diversas parcerias. No final de 2011, Taylor Swift escreveu duas músicas originais para a trilha sonora de Jogos Vorazes, elas foram “Eyes Open” e “Safe and Sound”. Além disso, no começo de 2012, ela e o rapper B.o.B lançaram a canção Both of Us.

O quarto álbum da cantora, Red, foi a transição de Taylor do country para o pop. Com 22 músicas, a loirinha mesclou o country e o pop, criando sucessos como “We Are Never Ever Getting Back Together”, “I Knew You Were Trouble” e “22”. Além de collabs com Ed Sheeran e Gary Lightbody.

Red estreou no número 1 da Billboard 200, vendendo 1 milhão e 200 mil cópias durante a primeira semana nos EUA. “We Are Never Ever Getting Back Together” concorreu a Gravação do Ano, no Grammy de 2013. O álbum Red foi indicado para Álbum do ano e Álbum country do ano em 2014, “Begin Again” também concorreu para Melhor Música Country no mesmo ano. Infelizmente, Swift não venceu nenhuma das categorias.

A Red Tour começou em março de 2013, e passou pela  América do Norte, Oceania, Europa e Ásia. Além de faturar mais de 150 milhões de dólares, a turnê também foi eleita pela Billboard como  a maior feita por uma artista com menos de 25 anos.

O Brasil também participou dessa era. Para promover seu novo álbum, Taylor fez um pequeno show no Rio de Janeiro apenas para 1000 pessoas.

1989 (2014)

No começo de 2014 a loirinha se mudou para Nova York e mudou completamente seu estilo do Country para o Pop. Em outubro do mesmo ano, Taylor lançou o 1989, seu quinto álbum, produzido em conjunto com Max Martin e Jack Antonoff. Nesta obra, Swift aborda novos temas, como o incansável interesse da mídia sobre sua vida amorosa, narrativa descrita no single “Blank Space”, sua mudança para a Big Apple em “Welcome To New York” e claro, uma mensagem para os haters na super famosa “Shake It Off”.

O 1989, que tem esse nome pois é o ano de nascimento da cantora, atingiu também a marca de mais de um milhão de vendas em sua primeira semana, fazendo com que Taylor fosse a única artista da história a conseguir este feito com 3 álbuns.

E os recordes batidos nessa era não param por aí. Swift foi a primeira, desde The Beatles, a ter quatro álbuns consecutivos, registrando pelo menos seis semanas no topo da Billboard 200. Além disso, o clipe de “Blank Space” foi o vídeo mais rápido a alcançar um bilhão de visualizações no Vevo.

Já na parte de prêmios, nossa Miss Americana ganhou dois MTV VMAs pelo clipe de “Bad Blood”, além de três Grammys, incluindo Álbum do Ano. Em 2014, Swift também foi nomeada Mulher do Ano pela Billboard.

The 1989 World Tour, iniciada em 2015, passou por quatro continentes e contou com a presença de diversos convidados. Os atos de abertura ficaram por conta de Vance Joy, Shawn Mendes e HAIM. E essa turnê ainda rendeu o “The 1989 World Tour LIVE”, lançado na Apple TV, e que mostrava todo o show de Sydney e alguns bastidores. 

REPUTATION (2017)

A era Reputation surgiu de tempos conturbados da vida de Taylor Swift. A sua antiga rivalidade com o rapper Kanye West (com quem a cantora já havia feito as pazes) voltou a aparecer em 2016, com o lançamento de “Famous”, música do americano.

Na letra o rapper menciona Taylor, dizendo que a fez famosa e usando a palavra bitch para se referir a cantora. No entanto, Swift afirmou não ter autorizado esses versos, enquanto Kanye e Kim Kardashian diziam ter tido autorização e, inclusive, vazaram uma gravação onde os dois conversavam e parecia que Taylor realmente permitiu, mas foi descoberto que o vídeo foi editado.

Em meio a todo esse caos, a loirinha passou por um ano de intenso cancelamento e se desligou de suas redes sociais, apagando todos os posts e tentando manter sua vida longe da mídia e dos holofotes. No entanto, um ano depois, em 2017, Taylor ressurgiu e lançou “Look What You Made Me Do”, primeiro single de seu sexto álbum.

Na música ela estabelece um renascimento, matando a antiga Taylor (“I’m sorry/ But the old Taylor can’t come to the phone right now/ Why? Oh, ’cause she’s dead”). A canção foi um sucesso, liderando paradas em diversos países e quebrando o recorde com o videoclipe mais visto do YouTube em 24 horas, tendo mais de 43 milhões de views.

Mas além dos temas envolvendo seu cancelamento, a loirinha também escreveu músicas sobre encontrar o amor durante esses tempos difíceis que precederam o álbum, visto que foi nessa época que ela começou seu namoro com Joe Alwyn – com quem ficou por 6 anos, até terminar em 2023.

Para terminar com chave de ouro, Taylor iniciou a Reputation Stadium Tour, que quebrou milhares de recordes como de turnê feminina de maior arrecadação dos EUA, de maior bilheteria da década e a segunda maior bilheteria de uma turnê feminina da história. Com performances grandiosas, você consegue assistir ao show completo na Netflix.

LOVER (2019)

Em 2019, Taylor Swift mudou de gravadora, ingressando na Republic Records, onde lançou seu sétimo álbum, Lover. O disco tem temas de empoderamento feminino (“The Man”), músicas contra homofobia (“You Need To Calm Down”), e claro, como o próprio nome já diz, muitas canções de amor.

Apesar de hoje ser uma das músicas menos preferidas entre as swifties, o primeiro single dessa era foi “Me!” – um feat com Brendon Urie, vocalista da banda Panic At The Disco. Logo em seguida, vieram os próximos singles: “Lover”, “You Need To Calm Down” e “The Archer”.

O álbum vendeu mais de 800 mil cópias na primeira semana nos EUA, fazendo ele estrear em primeiro lugar na Billboard 200. Além disso, esse feito transformou Swift na primeira cantora a ter seis álbuns com mais de 500 mil cópias vendidas, durante sua semana de lançamento.

Um detalhe fofo dessa era é que foi nela que a loirinha adotou seu terceiro gato, o Benjamin. Durante as gravações do clipe de “Me!” havia um gatinho filhote, branco, com olhos azuis que iria participar de uma cena. Taylor se apaixonou pelo animal e quando descobriu que ele estava disponível para adoção, ela não pensou duas vezes antes de levá-lo para casa.

Lover foi indicado em três categorias do Grammy de 2020, e apresentou duas músicas do álbum na cerimônia. Além disso, os clipes de “Me!” e “You Need to Calm Down” concorreram a vários  MTV VMAs, ganhando duas no total. Durante seu discurso, Taylor usou o tempo para cobrar a Casa Branca para responder uma petição reivindicando direitos para a comunidade LGBTQIA+.

Por fim, nessa era Taylor também voltou às telas do cinema, atuando no musical Cats, para o qual compôs duas canções originais para o filme “Macavity” e “Beautiful Ghosts“. E no começo de 2020, a loirinha lançou o documentário Miss Americana, na Netflix, que acompanha sua vida e onde ela reflete sobre sua carreira.

FOLKLORE – 2020

Na pandemia, não apenas o mundo parou mas também muitos artistas esperaram para lançar novos álbuns. Felizmente, esse não foi o caso de Taylor, pois em 24 de julho de 2020 ela anunciou em suas redes sociais que seu nono disco seria lançado à meia-noite.

Ele foi considerado um álbum surpresa, inclusive, até sua própria gravadora só ficou sabendo do lançamento poucas horas antes do anúncio. Apesar de ter ganhado o grammy de Melhor Álbum Pop, o que a tornou a primeira mulher a ganhar essa categoria três vezes, o disco tem músicas com uma melodia puxando para o folk e para o indie também.

O oitavo álbum da loirinha foi feito com Jack Antonoff e Aaron Dessner, e os três falam um pouco mais sobre as composições e a formação do álbum no especial do Disney+, Folklore: Long Pond Sessions.

Nessa era, Swift experimentou algumas novidades. Pela primeira vez, ela compôs narrativas inventadas, ou seja, não baseadas em sua própria experiência. Com isso, ela também fez músicas se relacionarem, como é o caso de “Cardigan“, “Betty” e “August“, que conta sobre um triângulo amoroso. Além disso, ela também teve ajuda de Joe Alwyn em algumas composições, mas o ator assinou como William Bowery.

Tanto o single principal quanto o álbum estrearam em número um nas paradas da Billboard. Em sua primeira semana, foram vendidas duas milhões de cópias e no dia de lançamento foram mais de 80 milhões de streams, quebrando o recorde mundial de maior número de reproduções de uma artista feminina no primeiro dia.

EVERMORE – 2020

A gravação “irmã” de Folklore, Evermore, foi lançada também em 2020, mas em dezembro. Ele tem ritmos parecidos com o álbum anterior, e também foi feito com a ajuda de Aaron Dessner, Jack Antonoff e Joe Alwyn (como William Bowery).

Dentre as 17 músicas, três possuem as vozes de outros artistas como Bon Iver (que também participou em Folklore), HAIM e The National (banda de Aaron Dessner). O álbum também atingiu o topo em paradas da Billboard e conseguiu mais de um milhão de vendas em sua primeira semana. E, apesar dos fãs brincarem que esse é o álbum “esquecido por Taylor”, ela fez questão de mostrar que lembra muito bem dele em seu primeiro show da The Eras Tour.

MIDNIGHTS – 2022

E se tem alguém que ama fazer anúncios nos momentos mais inesperados, esse alguém sem dúvidas é a Taylor. Durante o VMAs de 2022, a loirinha venceu o último prêmio da cerimônia, e para fechar a noite com chave de ouro, ela anunciou seu décimo álbum Midnights.

A partir dali a promoção do disco foi pesada. Para anunciar os nomes das faixas, Taylor criou uma série no TikTok chamada Midnights Mayhem With Me, onde ela sorteava um número e anunciava o nome da música correspondente.

Além disso, também foram divulgados trechos das músicas em vários locais diferentes, ao redor de todo o mundo. Inclusive, o Brasil não foi esquecido nessa, e a estação de metrô Sé recebeu versos de Mastermind na meia-noite do dia 19 de outubro.

Ainda na semana de lançamento, a loirinha ainda soltou em seu Instagram um post com o Midnights Manifest, que era um calendário, prometendo uma surpresa três horas depois do lançamento.

Depois de tudo isso, finalmente chegou a tão aguardada meia-noite de 21 de outubro, com 13 faixas e um clipe para “Anti-Hero“. Horas depois, Swift lançou sete novas músicas na edição Midnights (3am Edition). Além do single principal, “Lavender Haze” e “Bejeweled” também ganharam clipes.

Inspirado em 13 noites sem dormir, Taylor retorna com um pop mais dançante e inclui músicas sobre amor, término, insegurança e autocrítica. A cantora também continuou com a parceria com Jack Antonoff e Joe Alwyn (como William Bowery em Sweet Nothings) e fez um feat com Lana Del Rey.

O álbum alcançou os primeiros lugares em paradas da Billboard e das plataformas de streaming, além de quebrar o recorde de maior número de reproduções em um dia no Spotify. Além disso, sua versão em vinil foi a mais vendida do século 21 e o álbum foi o mais vendido de 2022.

Em maio de 2023, a miss Americana lançou uma terceira versão de seu décimo álbum, Midnights (The Til The Dawn Edition), trazendo um feat com Ice Spice, uma nova versão de “Snow On The Beach“, com mais vocais de Lana Del Rey, e a música “Hits Different“, antes disponível apenas na versão física.

THE ERAS ERA – REGRAVAÇÕES

Durante a era Lover, Swift decidiu fazer a regravação de seus seis primeiros álbuns, após sua antiga gravadora ser comprada por Scooter Braun, junto com o domínio de suas obras anteriores. Na época, a cantora também falou sobre como tentou comprar seus álbuns antigos várias vezes e que Scooter era um “bully”.

Além disso, em cada regravação ela inclui faixas From The Vault, isto é, músicas escritas por ela na época do lançamento original do álbum, mas que não entraram para a seleção final, logo não tendo sido ouvidas nunca antes.

Até o momento, foram lançados Fearless (Taylor´s Version) e Red (Taylor´s Version), ambos em 2021. Sendo que o Speak Now (Taylor´s Version) já foi anunciado para o dia 7 de julho de 2023.

Para celebrar todas as suas Eras, Taylor anunciou a The Eras Tour, e no post com fotos do preparo para os shows, Taylor escreveu que estamos “In the eras era“, ou seja, na era das eras!

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O texto acima foi editado por Mariana Letizio.

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Maria Esther Cortez

Casper Libero '25

Journalism student. Passionate about culture, movies, art and music. I love to travel and explore different parts of the world.