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Casper Libero | Culture

Copa América Feminina: Brasil mantém a hegemonia e se prepara para os próximos desafios

Caroline Magalhães Student Contributor, Casper Libero University
This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter and does not reflect the views of Her Campus.

A Seleção Brasileira de Futebol Feminino confirmou o favoritismo e conquistou, em agosto de 2025, o nono título da Copa América Feminina. Na final contra a Colômbia, em Quito, o Brasil empatou em 4 a 4 no tempo normal e venceu nos pênaltis por 5 a 4, garantindo o quinto troféu consecutivo da competição. A vitória reafirma a hegemonia brasileira, que venceu nove das dez edições já realizadas do torneio, sendo superada apenas em 2006, pela Argentina.

O torneio, realizado no Equador, também teve peso estratégico: além do título, a conquista assegurou ao Brasil vaga na Finalíssima Feminina de 2026, contra a campeã europeia, e premiação de US$ 1,5 milhão (na cotação atual, R$ 8,1 milhões). A campanha sólida reafirmou o Brasil como potência regional e mostrou que, apesar das dificuldades fora de campo, a seleção mantém superioridade técnica diante das adversárias sul-americanas.

Marta brilha em sua despedida continental

A final foi marcada por uma atuação decisiva de Marta, aos 39 anos. A camisa 10 marcou dois gols no tempo normal e converteu sua cobrança na disputa de pênaltis, consolidando-se como símbolo de longevidade e liderança. A vitória também teve contribuição decisiva da goleira Lorena, que defendeu a última cobrança colombiana, garantindo a festa brasileira. 

A presença de Marta neste título foi vista como um marco, já que a jogadora se prepara para a reta final da carreira. Sua participação não apenas trouxe experiência ao elenco, mas também serviu como inspiração para as mais jovens que começam a assumir protagonismo na seleção. Para muitos, o título no Equador representou uma espécie de passagem de bastão entre gerações.

Estrutura da competição gera críticas

Apesar da conquista em campo, a Copa América Feminina 2025 foi alvo de críticas contundentes das próprias jogadoras. A ausência de VAR nas fases iniciais, os vestiários considerados inadequados e problemas na preparação foram denunciados por atletas como Marta e Debinha, além da comissão técnica. O episódio reacendeu o debate sobre a desigualdade de tratamento em relação ao futebol masculino no continente. 

As atletas classificaram a situação como “desrespeitosa”, especialmente em um torneio de caráter classificatório para competições de alto nível, como os Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028. As críticas mostraram que, além da qualidade técnica em campo, o futebol feminino sul-americano ainda enfrenta desafios fora das quatro linhas. 

Desafios globais e próximos passos

Com a hegemonia continental garantida, o Brasil agora mira os próximos desafios internacionais. A Finalíssima de 2026 e os Jogos Olímpicos de 2028 são vistos como oportunidades para testar a equipe contra seleções de maior tradição mundial, como Estados Unidos, Alemanha, Espanha e Inglaterra. A diferença de nível competitivo entre América do Sul e Europa segue como obstáculo para o crescimento da seleção brasileira.

Para reduzir essa distância, a CBF tem apostado em um calendário de amistosos contra seleções de ponta, além de intensificar a integração das categorias de base com a equipe principal. A vitória no Equador, somada à renovação em andamento e ao legado de Marta, reforçam a confiança de que o Brasil pode transformar sua hegemonia regional em conquistas de alcance global nos próximos anos.

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O artigo abaixo foi editado por Carol Malheiro. Gostou desse tipo de conteúdo?

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