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Casper Libero | Culture

Brasileiros no Mundial de Clubes da FIFA: retrospecto, desafios e o futuro do formato

Caroline Magalhães Student Contributor, Casper Libero University
This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter and does not reflect the views of Her Campus.

O futebol brasileiro tem uma relação histórica de destaque com o Mundial de Clubes da FIFA. Desde a criação do torneio, em 2000, foram quatro títulos conquistados: o Corinthians levantou a taça em 2000 e 2012, o São Paulo em 2005 e o Internacional em 2006. Antes disso, na antiga Copa Intercontinental, clubes como Santos e Flamengo já haviam escrito capítulos de prestígio, consolidando o futebol nacional como força mundial.

No entanto, após o título corintiano em 2012, os brasileiros passaram a enfrentar maiores dificuldades diante dos gigantes europeus. Ainda assim, campanhas de destaque, como as do Palmeiras, em 2021, Flamengo, em 2019 e 2022 e do Fluminense em 2023, mantiveram o país no centro das decisões, reforçando a tradição e o protagonismo do futebol nacional no torneio.

Protagonismo em 2025 e a nova geração

O Mundial de Clubes de 2025 marcou uma retomada importante da competitividade brasileira. Com a ampliação para 32 equipes, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras, chegaram à fase de mata-mata, quebrando a hegemonia recente de clubes europeus. O Brasil foi o único país a ter quatro representantes na edição, o que reforçou sua tradição no cenário mundial.

As vitórias do Flamengo sobre o Chelsea e do Botafogo diante do Paris Saint-Germain foram consideradas marcos desta edição, reacendendo o otimismo da torcida brasileira. 

Esse desempenho mostrou que, mesmo com orçamentos muito inferiores aos das potências da Europa, os clubes brasileiros ainda conseguem competir em alto nível. A combinação de atletas formados em casa com contratações pontuais de impacto reforçou a ideia de que o Brasil mantém um diferencial técnico e criativo capaz de surpreender no cenário internacional.

Além disso, o Brasil se destacou não apenas pelo número de clubes, mas também pelo de jogadores: foram 141 atletas nascidos em território nacional disputando a nova competição da FIFA. Muitos deles representaram times estrangeiros, mas ainda assim evidenciaram a força da formação brasileira e o protagonismo do país como celeiro de talentos.

Críticas ao novo formato e desafios do calendário

Apesar do entusiasmo com os resultados, o novo formato do torneio recebeu críticas severas de diferentes setores do futebol. A versão com 32 equipes e disputada a cada quatro anos foi acusada de sobrecarregar os atletas e comprometer o calendário internacional. Técnicos como Jürgen Klopp, classificaram a competição como “a pior ideia já implementada no futebol”, enquanto sindicatos de jogadores alertaram para os riscos de exaustão física.

A FIFA, no entanto, defende que a mudança fortalece a representatividade global e amplia as oportunidades de exposição para clubes fora da Europa. Dirigentes como Karl-Heiz Rummenigge, do Bayern de Munique, elogiaram o novo modelo, considerando-o mais competitivo e atrativo. Ainda assim, as críticas permanecem e alimentam debates sobre o equilíbrio entre espetáculo e saúde dos atletas.

O futuro do MUNDIAL e o papel do Brasil

O torneio reformulado busca se consolidar como um evento comparável à Liga dos Campeões em alcance e popularidade. Além da ampliação de vagas, a edição de 2025 também introduziu inovações tecnológicas, como sistemas o impedimento semiautomático e câmera vestíveis para árbitros, reforçando seu caráter experimental e de vitrine global.

Para o Brasil, o desempenho recente reacendeu a esperança de voltar ao topo. A presença de quatro clubes nas fases decisivas mostrou que, mesmo diante da disparidade financeira, a tradição e a capacidade de formar talentos continuam sendo trunfos do futebol brasileiro. O desafio, agora, é manter essa competitividade, estruturar melhor os campeonatos nacionais e transformar boas participações em títulos que reafirmem a força do país no cenário mundial.

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O artigo acima foi editado por Beatriz Martins.

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Journalism student at Cásper Líbero & Copywriter.