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A Importância Do Acesso À Informação Na Política Atual

The opinions expressed in this article are the writer’s own and do not reflect the views of Her Campus.
This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

O filósofo Francis Bacon afirmou: “conhecimento é poder”. Em cenário político como o atual, o acesso à informação se vê essencial para a tomada de decisões. Através dos dados disponíveis no site do Governo, amparados pela Lei de Acesso à Informação (LAI), pode-se ter acesso aos processos nos quais os candidatos estão inseridos, orçamentos, receitas, despesas públicas e políticas de governo, por exemplo.

Conhecer as informações em poder do Estado permite o monitoramento da tomada de decisões pelos governantes – que afetam a vida em sociedade

ANDI e Artigo 19, Acesso à Informação e Controle Social das Políticas Públicas

Segundo o site do governo, “esta Lei representou um importante passo para a consolidação do regime democrático brasileiro e para o fortalecimento das políticas de transparência pública”. A lei que neste ano completa 10 anos em vigor, estabelece o direito do cidadão de obter os dados referentes aos órgãos e entidades públicas, a proteção das informações e a noção de que a transparência deve prevalecer, tornando o sigilo uma exceção (inciso I do artigo 3°).

Através das informações é possível construir o mundo que conhecemos hoje e tomar decisões importantes, por isso, constatou-se que os profissionais do jornalismo utilizam a base de dados para coletar informações resguardadas pela LAI. Segundo parecer do CGU (Controladoria-Geral da União) publicado na Folha de SP, houve 17.019 pedidos para receber informações sobre o governo federal por parte da imprensa.

Em época eleitoral, a necessidade de igual acesso às informações aumenta. Iniciativas como o Fato ou Fake do G1 analisam as falas dos candidatos em debates e mobilizam o direito garantido por lei. A transparência dos dados mostra, por exemplo, que Bolsonaro mentiu ao dizer que não há fonte de corrupção no seu governo e que é fake a declaração de Lula sobre ter sido absolvido pela ONU.

No Brasil, o sigilo de 100 anos e orçamentos secretos são cotidianos. A inversão do próprio legado da lei, onde a falta de transparência deve ser evitada, ocupou espaço de destaque nessa eleição. Simone Tebet, em debate na TV Cultura afirma, “sigilo de 100 anos é para quem quer esconder algo”, se referindo à ação de Jair Bolsonaro que deixa “invisível” o seu cartão de vacinação, crachás de acesso ao Planalto e “rachadinhas”. Quando questionado sobre o assunto no Twitter, ironiza com: “em 100 anos saberá.”

Presidente Jair Bolsonaro ao ser questionado sobre o sigilo de 100 anos

A questão é que ameaças à transparência e à verdade têm sido muito comuns. No livro “A Morte Da Verdade: Notas Sobre A Mentira Na Era Trump”, de Michiko Kakutani, são abordados os constantes ataques à imprensa e aos fatos feitos pelo governo Donald Trump. Vive-se em um momento em que termos como “fake news” e “fatos alternativos” são cada vez mais cotidianos. Para isso, Barack Obama ressalta que “um dos maiores desafios que temos em nossa democracia é o fato de não compartilharmos a mesma base de fatos”. O exercício da cidadania está minado, as consequências se presenciaram na eleição de Trump, no Brexit e casos de corrupção e negligência em solo brasileiro.

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The article above was edited by Marcela Abreu

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Marien Ramos Ruiz

Casper Libero '25

Proud Cuban in Brazil since 2014. Student of Journalism at Cásper Líbero. Passionate about reading, writing and photography. Immersed in the world of politics, economics and literature. Contact me here: marienrr2003@gmail.com