Desde 2018, Adrielly, agora com 26 anos, compartilha com o mundo suas opiniões dentro de um nicho específico da literatura: os famosos thrillers, best sellers de suspense que ganham as estantes e telinhas, por meio de adaptações cada vez mais realísticas e intrigantes.
Clássicos de horror, como as obras de Edgar Allan Poe, são presença confirmada no feed do Bookstagram de Adrielly, o @drixerfan, mas o destaque do perfil é a apresentação de resenhas dos lançamentos deste gênero, acompanhados de fotos produzidas a partir de um conceito ou estética presente no livro em discussão.
A jovem enfermeira de Belém do Pará ama literatura desde que se entende por gente. Boa parte dessa paixão se deve ao incentivo da mãe, que sempre trazia revistas e livros.
Após cada leitura, Adrielly buscava as impressões de outras pessoas pela web, mas elas nem sempre contemplavam ou abordavam todos os pontos que estavam em sua mente. Por isso, resolveu criar uma plataforma só sua nas redes sociais para ampliar sua troca com os leitores.
Neste perfil, ela criou também uma hashtag (#TerrorForaDaCaixinha) para incentivar a leitura de livros de terror com autores e narrativas mais plurais.
A Her Campus Cásper Líbero aproveitou o clima de Halloween para conversar com a dona do @drixerfan – e, de quebra, inspirar as leituras de quem também ama suspense.
Her Campus Cásper Líbero: Por que escolheu o nicho de thrillers?
Adrielly: Sempre foi meu gênero favorito desde criança, não tinha como ser diferente, é o que me diverte e empolga mais.
HC CL: Quais são seus autores favoritos?
A: Stephen King, Neil Gaiman, Larissa Brasil, Jaime Azevedo e Fredrik Backman.
HC CL: É comum que clássicos e sucessos de vendas norte-americanos sejam leituras recorrentes entre os amantes de suspense, mas você teria uma aposta diferente de autora que todo mundo deveria conhecer?
A: Com certeza a Larissa Brasil, que escreveu várias histórias incríveis, entre elas “A garota da casa da colina” – um suspense psicológico envolvente e inteligente.
HC CL: Existe algum outro tipo de livro que você ama?
A: Eu amo livros com bastante drama pra fazer chorar. Histórias emocionantes e, muitas vezes, com assuntos mais pesados, como “Minha Sombria Vanessa”, que fala de abuso. Gosto quando um livro me derruba e me faz pensar em assuntos diferentes daqueles que estou acostumada.
HC CL: O que você mais gosta dentro da comunidade do Bookstagram?
A: Amo a oportunidade de conversar com pessoas do Brasil todo sobre aspectos de uma leitura, poder falar de um livro juntos (principalmente se ele for pouco conhecido) é maravilhoso. Acaba sendo bem mais divertido compartilhar essas percepções, além de ampliar nossa visão sobre o que lemos.
HC CL: Seu perfil possui uma estética bem definida. Como é o processo de planejamento dos conteúdos, principalmente as fotos contextualizadas?
A: Eu planejo muitas coisas com antecedência, anoto todas as minhas ideias e o que quero usar para as fotos, às vezes roupa e maquiagem temáticas, tudo bem colorido. Ainda acrescento alguns detalhes na edição da foto que tenham a ver com a história do livro.
HC CL: O que é o #TerrorForaDaCaixinha?
A: É um projeto meu, criado esse ano, para diversificar mais as minhas leituras dentro do terror. Quero valorizar mais as vozes pouco ouvidas dentro desse gênero, que são as de autores não-brancos.
O terror ainda é um espaço pouco inclusivo e eu quero tornar essa lista [de autores populares] mais plural. E, muitas vezes, esses livros utilizam questões sociais para potencializar o terror. Por isso são histórias “fora da caixinha”.
HC CL: Halloween chegou: isso significa que sua produção de conteúdo fica mais especial, correto?
A: Com certeza! É o mês em que eu posto todos os dias, tentando falar ao máximo do meu amor por histórias macabras. O jeito de montar as fotos também é diferente, tudo o mais temático possível.
HC CL: Qual indicação você dá para a Her Campus Cásper Líbero nesse Halloween?
A: “Gótico Mexicano” ou “O livro do cemitério” combinam muito com o clima de Halloween!
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O artigo acima foi editado por Giulia Lozano.
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