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Career > Money

Devo começar a investir? Guia para universitárias

This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

O mundo dos investimentos hoje é cada vez mais procurado por quem gostaria de uma renda extra. Apesar disso, existem muitas dúvidas, como por onde começar, quanto dinheiro é necessário para começar a investir, entre várias outras, já que o mercado financeiro parece tão complicado, mas não precisa ser. 

Para universitárias, criar essa renda extra por meio de investimentos pode ser uma boa opção. Mas afinal, o que é um investimento? É um lugar onde você vai aplicar o seu dinheiro para que ele renda mais que a inflação, ou seja, para que ao ser resgatado o dinheiro amplie seu poder de compra. 

Segundo Viviane Zaith, gerente de auditorias na B3, a bolsa de valores brasileira, antes de investir é necessário se organizar. E a primeira coisa a pensar é traçar suas metas e quantificar o valor dos seus sonhos. 

Como se organizar?

Independentemente do salário, é importante pensar na organização financeira, pois ao conseguir organizar as entradas e saídas e mapear as movimentações, é possível entender onde e como seu dinheiro está sendo gasto, e organizar ele melhor. “Anote tudo!” 

O investimento é um passo que depende de um planejamento financeiro para que o dinheiro tenha a melhor administração antes de ser colocado no mercado. Para separar o dinheiro que vai ser destinado a investimentos, Viviane diz que é importante se pagar primeiro: “não pague todas as coisas e espere que vá sobrar para investir. Trate o investimento nas suas metas como uma conta todos os meses”.

Depois disso, você deve criar suas pequenas metas e dar prazo a elas, porque “quando criamos metas muito grandes, elas ficam muito distantes, e é difícil a gente alcançar”, diz a gerente. O intuito de organizar os objetivos é te manter motivada para cumprir o compromisso de guardar o dinheiro que será aplicado. 

Além disso, é importante pesquisar sobre seus objetivos para poder entender o quanto de lucro deve ser alcançado. Por exemplo, se quiser fazer um intercâmbio, é importante ter a noção dos valores de tudo que você deve gastar, para então começar a investir para isso.

POR Onde começar?

É possível entrar no mundo dos investimentos por meio de alguns intermediários: os bancos, ou as corretoras.

Hoje, existem tanto os bancos comerciais quanto os bancos digitais, onde fica a conta corrente, passo indispensável para começar a investir. Para abrir uma conta, só é preciso de um CPF e de um documento. Para menores de 16 anos, os pais ou responsáveis legais devem apresentá-los, e jovens de 16 ou 17 anos já podem abrir uma conta assistida por um responsável, caso não sejam emancipados.

Nas instituições tradicionais, o olhar vai ser interno, ou seja, as propostas vão ser de investimentos daquela instituição em específico. Já nos digitais, por não trabalharem por meio da captação de dinheiro, têm taxas menores e, além disso, alguns oferecem contas remuneradas, o que significa que o dinheiro que fica parado na conta rende sem mesmo fazer uma aplicação. Independente disso, os bancos virtuais têm, também, seus próprios programas para o investimento de seus associados. 

Em outro campo, existem as corretoras de investimentos, que apresentam uma diversidade muito maior nas possibilidades oferecidas, como CDBs de diferentes bancos ou cooperativas. Elas podem ou não cobrar uma taxa de corretagem.

Para Viviane, o mais indicado para começar é abrir sua conta já em bancos digitais, porque eles não cobram tarifa de manutenção de conta e cartão, sendo assim bancos mais acessíveis, e também pela possibilidade de manter o dinheiro em contas remuneradas. Mas é interessante procurar bem e fazer testes para encontrar sua melhor opção. 

Precisa ter muito dinheiro?

A quantidade de dinheiro que você deve desembolsar deve variar de acordo com seus objetivos, mas a ideia de que é necessário ter muito dinheiro para explorar o mercado financeiro é um mito.

“Em relação à quantidade de dinheiro, você pode começar a investir com qualquer valor. Quando a gente fala, por exemplo, em Tesouro Direto, podemos comprar partes, frações do fundo. Com esse investimento de renda fixa, é possível comprar a partir de 50 reais. Então, não precisa de muito dinheiro, o que precisa é começar”, diz Viviane.

Segundo a investidora, não existe o percentual ideal, ele é aquilo que você consegue separar para esse fim, mantendo uma rotina mensal que, com o tempo, seja possível aumentar. 

Quais os tipos de investimentos?

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Todos os investimentos podem ser classificados em duas categorias: renda fixa ou renda variável.

Os investimentos de renda fixa são mais conservadores, ideais para cumprir objetivos de curto e médio prazo, como uma viagem ou sua formatura. Neles, a rentabilidade já é conhecida antes da aplicação e o dinheiro pode ser resgatado sem risco de desvalorização. 

Dentre eles estão as famosas poupanças, que rendem abaixo da inflação, os CDBs, um tipo de empréstimo para instituições que vão utilizar o dinheiro e devolvê-lo com juros, e o Tesouro Direto, que funciona como um empréstimo para o governo.

Quando se investe com esse perfil, a maioria possui a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), garantindo o retorno financeiro independente da instituição, o que dá ainda mais segurança.

Já os investimentos de renda variável são, entre outros, as famosas ações da bolsa de valores. Neles, a rentabilidade vai acompanhar o desempenho da empresa na qual se torna sócio, tendo uma grande volatilidade. Nesse tipo de investimento, situações políticas e econômicas afetam o universo das aplicações.   

Segundo a auditora, o melhor é aplicar em renda fixa e, aos poucos, caso exista interesse e disposição, ir diversificando sua carteira com opções de renda variável.

Entenda sozinha 

Mais uma dica importante de Viviane é: “Estude e pesquise, não vá só por indicações.” Ter conhecimento pleno do que acontece no mercado faz total diferença na tomada de decisões para as aplicações. 

Por exemplo, dentro do site da B3, existe a “B3 Educação”, uma plataforma que se empenha em criar conteúdo de educação financeira que passa pelo básico até uma linguagem mais elaborada. Mas, além disso, buscar por conta própria sobre investimentos que geram interesse e tentar entendê-los é um importante passo.

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O texto acima foi editado por Maria Luiza Jansen.

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Estudante de jornalismo na Cásper Líbero. Gosto de estudar e entender as coisas, acho que escrever é a melhor forma de contar para as pessoas sobre o mundo que eu tento descobrir como funciona. Você pode entrar em contato comigo aqui: maluschieri@gmail.com