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Da literatura de suspense ao audiovisual: Raphael Montes se tornou o nome nas adaptações literárias no Brasil

This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Se você está cronicamente on-line no mundo da literatura, o nome Raphael Montes deve ser familiar. O novo queridinho do “booktok (parte literária do TikTok) está ultrapassando barreiras do suspense e conquistando seu espaço no audiovisual há muitos anos. 

Caso você não o conheça, Raphael Montes é um dos escritores e roteiristas brasileiros mais famosos no nicho da literatura de suspense e, desde 2015, tem diversos trabalhos como roteirista em filmes e séries, sendo considerado por muitos críticos um dos nomes mais promissores da atualidade. É estimado que cerca de 500 mil cópias de todos os seus livros juntos tenham sido vendidos ao redor do Brasil e que suas obras já tenham sido traduzidas para 10 idiomas. 

A trajetóra de Raphael Montes na literatura

Em sua autoria, temos livros de sucesso do público e aclamados pela crítica: Bom Dia, Verônica, Jantar Secreto, Uma Família Feliz, Suicidas e Dias Perfeitos. Estes oferecem visões intrigantes e, de certa forma, perturbadoras da mente humana, explorando diversos temas sombrios e relevantes de uma maneira que, ao mesmo tempo, cativa, perturba e faz o leitor questionar a maneira que nossa sociedade funciona. 

Sua história com a literatura começou cedo, estreando em 2009, quando publicou, no volume 1 da antologia policial Assassinos S/A: contos policiais brasileiros, o conto “A Professora”, também publicado naquele mesmo ano na antologia Beco do Crime. Porém, em 2012, publicou seu primeiro romance, intitulado Suicidas, o qual foi finalista do prêmio Benvirá e, por mais que não tenha sido vencedor, o diretor da época, Thales Guaracy, gostou tanto da história que decidiu publicá-la. Em 2015, o mesmo livro ganhou uma adaptação teatral. 

Sua segunda obra como escritor oficial, Dias Perfeitos, é um romance que sua mãe o havia pedido para escrever, o qual foi lançado em mais de 14 países. Assim como o anterior, teve seus direitos vendidos para adaptação audiovisual. 

O livro Jantar Secreto, lançado em 2016, recebeu um grande elogio de Aguinaldo Silva (dramaturgo, escritor, roteirista, jornalista, cineasta e telenovelista).

“(Raphael Montes) não é sócio do clubezinho fechado da metalinguagem, mas pratica a velha e boa ficção literária, mostra um perfeito domínio da arte, e produz histórias originais e palpitantes. (Jantar Secreto), tenho certeza, vai acabar se tornando um filme em Hollywood.”

Aguinaldo Silva

E no audiovisual?

Raphael Montes não está presente apenas nos roteiros de suspense do audiovisual, mas participa até de roteiros para comédias românticas, inclusive, em algumas delas, atua como produtor executivo e diretor assistente. Diversas obras já estão disponíveis para assistirmos e outras ainda vão ser lançadas entre este ano e no próximo! Algumas delas sendo adaptações de seus livros, nas quais além de roteirista ele também é produtor. 

Uma das grandes adaptações seria Bom Dia, Verônica, disponível na Netflix, cujo elenco conta com atores renomados como Tainá Müller, Klara Castanho, Rodrigo Santoro, Reynaldo Gianecchini e muitos outros. Seu nome também está na lista de roteiristas de produções audiovisuais como Espinoza, Praça Paris, Tá Tudo Certo e a trilogia de filmes sobre o caso Von Richthofen. Entre os que não foram lançados ainda, temos Beleza Fatal, Dias Perfeitos e Uma Família Feliz.

A trajetória de Raphael Montes representa uma transição grandiosa da literatura de suspense para o mundo audiovisual. Sua capacidade de criar enredos envolventes e personagens complexos conquistou tanto leitores quanto produtores, levando suas obras a ganharem vida em telas de cinema e televisão. Ao atravessar as fronteiras entre o papel e a tela, não apenas expandindo seu alcance como autor, mas também contribuindo para a diversificação do cenário cultural brasileiro, Montes oferece ao público nacional e internacional experiências envolventes e memoráveis. 

Assim, seu sucesso ilustra não apenas a força do suspense como gênero literário, mas também a adaptabilidade e o potencial criativo dos escritores brasileiros no cenário audiovisual contemporâneo.

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O artigo acima foi editado por Fernanda Alves.

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Giulianna Behrens

Casper Libero '28

Oii! Meu nome é Giulianna Behrens (ou Giuli) e estou no meu primeiro semestre de jornalismo na Cásper Líbero. Meus interesses são diversos porém em especial literatura e esportes.