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Cowboy Carter: A segunda parte da trilogia de Beyoncé

This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Nesta última sexta-feira (29), Beyoncé lançou seu mais novo álbum, Cowboy Carter, que tem como melodia principal o ritmo country. Com este lançamento, mais o álbum Renaissance, apresentado em 2022, chegamos à segunda parte da trilogia que Beyoncé vem trazendo para a música. O intuito é recuperar os ritmos da cultura preta que foram roubados e/ou apropriados pelo tempo.

Primeiro ato

O álbum Renaissance teve como melodia principal a “house music”, ritmo criado por pretos e latinos em Chicago e que, posteriormente, ficou popular no subúrbio de Nova York como principal ritmo na cultura ballroom. Entretanto, quem ganhava destaque na época com as músicas eram artistas brancos.

Em Renaissance, Beyoncé traz em “MOVE”, um feat com Grace Jones, um dos maiores nomes da cultura ballroom, além de contar com outras participações de artistas pretos em seus demais hits.

Segundo ato

Beyoncé estreou seu segundo ato, Cowboy Carter, com a premissa country em “Texas Hold ’em”, e a artista, que é texana, repercutiu em todas as plataformas de música, streaming e mídias sociais com o lançamento. 

Considerado o gênero mais branco dos EUA, o country tem seus arranjos e maiores influências vindos do blues e do jazz, dois ritmos criados pela cultura preta; além de utilizar o banjo, um instrumento descendente do ‘akonting’ que foi trazido para os EUA pelos negros durante a escravidão.

No mais novo álbum, contamos com a participação de artistas como: Post Malone em “Levii’s Jeans”; Willie Nelson em “Smoke Hour”; Shaboozey em “Spaghetti” e Miley Cyrus em “II Most Wanted”. Beyoncé traz as raízes e a nova geração do country mostrando como a música se interliga entre gerações, ritmos e etnias.

Também contamos com uma atualização na música “Jolene”, clássico de Dolly Parton, tendo seu refrão alterado para “encontre seu próprio homem (..) sou uma rainha”, ao invés de “por favor, não leve o meu homem”. Há também a música “Blackbiird” como um cover dos Beatles, sem alteração na letra.

Cowboy Carter tem 27 faixas, totalizando uma hora e dezoito minutos, dezesseis a mais que o álbum anterior.

Terceiro ato

Beyoncé vem deixando nas redes sociais indícios que o terceiro álbum da trilogia trará o rock como ritmo principal, gênero que foi criado por Rosetta Tharpe, uma mulher preta, mas que teve como protagonistas artistas homens e brancos, como por exemplo Elvis Presley, em sua história.

Está claro que o objetivo de Beyoncé com Renaissance, Cowboy Carter e futuros projetos é retomar os ritmos de sua origem e trazer um real reconhecimento aos artistas originais do gênero, já que suas histórias foram apagadas e tomadas pela História e seus contadores.

Enquanto aguardamos os próximos rumores da trilogia, confira aqui o último álbum completo!

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O artigo acima foi editado por Júlia Salvi.

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Julia Bomfim

Casper Libero '25

Journalism student at Cásper Líbero. I find myself divided between my passion for the nerd/geek universe and my desire on registering every peculiarity and story I find.