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This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

No dia 2 de outubro de 2022 ocorreu o primeiro turno das eleições federais para eleger os Deputados Estaduais e Federais, Senadores, Governadores e o Presidente da República. Após 45 dias de campanha eleitoral, o Senado e a Câmara, além do governo de 14 estados e do Distrito Federal, foram eleitos e novos acontecimentos mudaram o cenário político brasileiro. Com 12 estados sem definir seus governadores e a disputa aberta para presidente, no dia 30 de outubro, haverá o segundo turno das eleições. 

Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe são os estados que votam para governador no próximo dia 30. A maioria dos candidatos faz parte das bancadas do PL, PT ou PSDB. Em São Paulo, o candidato apoiado por Bolsonaro (PL), Tarcísio de Freitas (Republicanos), se encontra à frente da disputa com Fernando Haddad (PT), segundo Datafolha divulgado no dia 19/10. Já na Bahia, o candidato apoiado pelo ex-presidente Lula (PT), Jerônimo (PT), toma a frente da disputa contra ACM Neto (União Brasil), segundo pesquisa do IPEC

Fernando Haddad and Tarcísio de Freitas face to face on the Bandeirantes debate
Original photo by Daniela Damasceno

Priscila Lapa, doutora em Ciências Política, afirma que “A cada dia que se passa, com os levantamentos da opinião pública e todas as transformações que a gente tem visto no cenário, eu tenho a impressão que a diferença de votos será muito pequena, pouco significativa”. Segundo ela, ambos os candidatos à presidência estão conseguindo adesões na reta final, com um crescimento da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo pesquisa do Datafolha divulgada no dia 19/10, Lula (PT) tem 49% das intenções de voto contra 45% de Bolsonaro (PL) para o segundo turno.

Tensão eleitoral

Priscila acredita que a tensão do segundo turno tende a ser ampliada em relação ao primeiro.  Um a cada três eleitores temem atos de violência durante o segundo turno, entre eles a maioria são mulheres e eleitores de Lula, segundo o instituto Datafolha. Já durante o primeiro período de eleições, desde o começo da campanha até o final do primeiro turno, um levantamento exclusivo realizado pela Agência Pública mostra a ocorrência de 148 casos de violência, em média 3 ataques por dia. Entre eles, os casos variam entre homicídio e destruição de urnas. 

Para Sarah Trevisan, 18, que acompanhou a apuração no dia 2 de outubro na Avenida Paulista, o clima estava tenso pela quantidade de policiais presentes. Segundo ela, “Eles estavam todos preparados fortemente para uma manifestação, com uso de força pelo lado deles, pelo armamento que portavam, até cavalaria montada”. Ressalta que é como se estivessem preparados para algo extremamente violento. Na Paulista, não foram notificados casos de violência no domingo (02).

Destaques do primeiro dia

A Câmara dos Deputados foi formada por 513 deputados e deputadas. O deputado federal mais votado foi Nikolas Ferreira (PL-MG), com 1.492.047 votos, tornando-se o candidato mais votado da história de seu estado. Nesse ano, pela primeira vez, foram eleitas mulheres transexuais, Erika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG). Houve também o maior número de indígenas sendo eleitos, foram cinco candidatos: Célia Xakriabá (PSOL-MG), Juliana Cardoso (PT-SP), Paulo Guedes (PT-MG), Silvia Waiãpi (PL-AP) e Sônia Guajajara (PSOL-SP).

Nessa eleição, o Partido Liberal (PL) teve o maior número de candidatos eleitos: 99, um aumento de 23 deputados em relação à bancada anterior. Priscila Lapa explica que “esse aumento da bancada do PL não é impulsionado apenas pela figura de Bolsonaro, mas pelo fortalecimento do bolsonarismo no Brasil nos últimos anos, que vêm conseguindo congregar forças e formar bancadas expressivas nas eleições pro Legislativo”.

Outra mudança no cenário político do país é a diminuição dos números de representantes do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB)  em todos os cargos. O partido não conseguiu eleger nenhum senador e não houve vitória de seus candidatos para governador no primeiro turno, além de perderem 11 cadeiras na Câmara, contabilizando 18 deputados. Segundo Priscila, essa diminuição ocorreu por conta da mudança do ciclo político do país, que está exigindo uma clareza ideológica e o PSDB tem dificuldades de se conectar com o eleitor. 

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O texto acima foi editado por Mariana Torezan. Gosta desse tipo de conteúdo? Siga Her Campus Cásper Líbero para mais!

Mayara Campos Passos

Casper Libero '25

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Marien Ramos Ruiz

Casper Libero '25

Proud Cuban in Brazil since 2014. Student of Journalism at Cásper Líbero. Passionate about reading, writing and photography. Immersed in the world of politics, economics and literature. Contact me here: marienrr2003@gmail.com