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10 Mulheres Incríveis que Revolucionaram o Mundo

This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Em meio a um mundo que parece caminhar na direção do radicalismo, é necessário lembrar que a luta das minorias para obter direitos e, principalmente, respeito, não acabou e não deve acabar enquanto existirem pessoas dispostas a reivindicar justiça. Um exemplo disso é o movimento feminista, que existe há muito tempo, por meio de mulheres que estiverem a frente de seu tempo e romperam barreiras para realizarem feitos que mudaram a humanidade, mostrando que todas nós somos capazes de fazer algo significativo. Confira nossa lista com 10 mulheres que mudaram o mundo  ;)

Valentina Tereshkova

Foto. RT.com

Em 16 de junho de 1963, Valentina Tereshkova – versão ocidental para o nome Валентина Терешкова – foi a primeira mulher a viajar para o espaço. Nasceu em 1937, numa família de trabalhadores rurais. Durante a corrida espacial da Guerra Fria, os russos notaram que os Estados Unidos não se importavam com a participação feminina e aproveitaram para treinar uma equipe de mulheres para o programa de cosmonautas. Delas, só Valentina completou a missão.

A bordo da nave Vostok 6, a cosmonauta deu 48 voltas em torno da Terra durante as 71 horas em que permaneceu fora do planeta. Tudo isso com só 26 anos de idade! Retornou em segurança em 19 de junho e até hoje ela permanece como a única mulher a ter feito uma viagem sozinha ao espaço.

Marie Curie

Foto. Universo Racionalista

Maria Sklodowska nasceu em 7 de novembro de 1867 na Polônia. Marie terminou os estudos aos 15 anos e se mudou para Paris. Em 1894 ela conheceu o professor Pierre Curie com o qual se casou no ano seguinte. Na época, Pierre trabalhava no Laboratório de Física e Química Industrial que trabalhariam juntos mais tarde.

Entre 1883 e 1894 obteve o grau de bacharel em física e matemática pela universidade de Sourbonne, em Paris, tornando-se depois a primeira mulher a lecionar nessa universidade.

As pesquisas realizadas por Marie Curie levaram a descoberta de dois novos elementos químicos: o polônio e o rádio. No final de 1903, Marie e Pierre Curie receberam o prêmio Nobel de física pela descoberta dos dois elementos químicos. Após a morte de seu marido, Marie continuou a estudar a radioatividade e recebeu outro prêmio Nobel, desta vez em química, por suas pesquisas com o rádio tornando-se a primeira pessoa, até então, a ganhar duas vezes o prêmio Nobel.

Margaret Heafield

Foto. TecMundo

Margaret Heafield Hamilton é a cientista de computação responsável por desenvolver o conceito moderno de software e criar o programa de voo utilizado na Apollo 11 (a primeira missão tripulada à Lua). Margaret nasceu em Indiana, no dia 17 de agosto de 1936. Com apenas 24 anos, ela foi trabalhar como programadora no MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, depois de obter um diploma em Matemática.

Hoje, Margaret Hamilton é creditada por ter criado a expressão engenharia de software, além de já ter recebido inúmeros prêmios e homenagens e publicado mais de 100 artigos científicos da área. 

Dra. Wangari Maathai

Foto. Green Belt Movement

A ecologista queniana Wangari Maathai, é a primeira africana a ganhar o prêmio Nobel da Paz. Maathai foi premiada por sua permanente luta contra o desmatamento, um fator de pobreza e instabilidade na África.

Bióloga, a africana é vice-ministra do Meio Ambiente do Quênia e responsável por projetos de reflorestamento no país. Em meados dos anos 70, Maathai criou o Movimento Cinturão Verde com a intenção de promover e proteger a biodiversidade africana, criando empregos, particularmente em áreas rurais, e promovendo o papel da mulher na sociedade. O movimento também plantou mais de 30 milhões de árvores na África.  

Rosa Parks

Foto: Huffington Post

No dia 1 de dezembro de 1955 em Montgomery, estado do Alabama (EUA), Rosa Parks – uma costureira negra de 42 anos – entrou para a história ao se recusar a ceder seu lugar num ônibus para um homem branco que exigia que ela se retirasse para ele poder se acomodar.

Naquela época a segregação racial era permitida pelas leis norte-americanas e, principalmente nos estados do Sul, haviam leis que proibiam os negros de frequentar alguns locais ou restringiam o acesso a transportes e acomodações em locais públicos e restaurantes.

Rosa Parks foi presa e recebeu uma multa por se recusar a levantar, mas seu ato foi o pontapé inicial para que o reverendo Martin Luther King Jr. organizasse um boicote em massa de 381 dias contra as companhias de ônibus locais iniciando uma grande reviravolta na história dos EUA e do mundo todo.

Recebeu das mãos do então presidente Bill Clinton a mais alta honraria oficial concedida pelo governo a um civil norte-americano, a Medalha de Ouro do Congresso. Além desta e de outras honrarias, Rosa também foi premiada com a Medalha Presidencial pela Liberdade e, em 2000, foi inaugurado um museu com seu nome em Montgomery.

Malala Yousafzai

Foto: Jornal do Commercio

A paquistanesa de 20 anos, Malala Yousafzai. foi a pessoa mais nova a ser laureada com um Prêmio Nobel da paz. É conhecida principalmente pela defesa dos direitos humanos das mulheres e do acesso à educação na sua região natal, no nordeste do Paquistão, onde os talibãs locais impedem as jovens de frequentar a escola. Malala foi baleada na cabeça quando seguia em um ônibus escolar aos 15 anos. Seu crime foi se destacar entre as mulheres e lutar pela educação das meninas e adolescentes no país.

Kate Sheppard

Foto: Wikipedia

Ainda criança, a britânica Kate Sheppard se mudou para a Nova Zelândia com sua mãe e seus irmãos. Kate esteve a frente na luta pelo direito ao voto feminino e, graças ao movimento liderado por ela, a Nova Zelândia foi o primeiro país em todo o mundo a permitir que as mulheres votassem e ajudassem a eleger seus representantes, em 1893.

As primeiras ativistas que lutaram por esse direito ficaram conhecidas como sufragistas. Isso porque seus ideais democráticos vieram da igualdade e da liberdade propagados pelo Iluminismo no século 18.

Antes mesmo de liderar o movimento sufragista, Kate Sheppard já lutava pelos direitos das mulheres. Ela fundou a Woman’s Christian Temperance Union, instituição que defendia o bem-estar de mulheres e crianças em seu país. Com esse trabalho, Kate buscava chamar a atenção e conseguir o apoio das neozelandesas na luta pelo direito ao voto feminino, o direito ao divórcio, a guarda dos filhos e a abolição dos espartilhos.

Nísia Floresta Augusta

Foto: A Poesia do Brasil

Nísia Floresta Augusta, pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto, nasceu no Rio Grande do Norte, em 12 de outubro de 1810. De origem burguesa, era filha do advogado Dionísio Gonçalves Pinto Lisboa, português liberal e de personalidade progressista, casado com uma viúva brasileira. É considerada uma pioneira do feminismo no Brasil e foi, provavelmente, a primeira mulher a romper os limites entre os espaços públicos e privados publicando textos em jornais, na época em que a imprensa nacional ainda caminhava a passos lentos. Escreveu livros em defesa dos direitos das mulheres, dos índios e dos escravos.

Ada Lovelace

Foto: signature-reads.com

Augusta Ada King nasceu em 1815. Conhecida como Condessa de Lovelace, ajudou o colega, Charles Baggage, no desenvolvimento da primeira máquina de cálculo, além de ser responsável pelo algoritmo que poderia ser usado para calcular funções matemáticas. 

 Entre 1842 e 1843, ela criou notas sobre a máquina analítica de Babbage, que foram republicadas mais de cem anos depois. A máquina foi reconhecida como primeiro modelo de computador e as anotações da condessa, como o primeiro algoritmo especificamente criado para ser implementado em um computador. É reconhecida internacionalmente como a primeira programadora da história.

Maria da Penha

Foto: G1

Maria da Penha Maia Fernandes é uma farmacêutica brasileira que lutou para que seu agressor viesse a ser condenado. Em 1983, seu marido, o professor colombiano Marco Antonio Heredia Viveros, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez atirou simulando um assalto, na segunda tentou eletrocutá-la e por conta das agressões sofridas Penha ficou paraplégica. Dezenove anos depois, seu agressor foi condenado a oito anos de prisão e por meio de recursos jurídicos, ficou preso por dois anos. Solto em 2004, hoje está livre. O episódio chegou à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) e foi considerado, pela primeira vez na história, um crime de violência doméstica.

Em 7 de agosto de 2006, foi sancionada a lei que leva seu nome: a Lei Maria da Penha, importante ferramenta legislativa no combate à violência doméstica e familiar contra mulheres no Brasil.

Edição: Letícia Giollo

Giovanna Pascucci

Casper Libero '22

Estudante de Relações Públicas na Faculdade Cásper Líbero que ama animais e falar sobre séries.