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Jornalismo, Revistas, Feminismo: Conheça Paula Calçade

This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Quem passa em frente ao Núcleo Editorial, no 5º andar, pode ver a mulher de cabelos cacheados que fica de costas para o vidro da sala. Com a placa “Girls just wanna have fundamental rights” na mesa, ela passa a maior parte do dia editando textos feito por alunos, para a revista Esquinas. Voz delicada, mas com muito a dizer, Paula Calçade, do 4º ano de Jornalismo, participa da Frente Feminista Casperiana Lisandra desde 2015, como integrante do grupo de ação.

Sua relação com o feminismo começou em 2013, no cursinho, com uma “cabeça cheia de indagações”. A vivência em uma casa cheia de mulheres (mãe e mais duas irmãs, sendo uma delas gêmea!) também foi um ambiente propício para se dar conta sobre situações pelas quais elas e outras mulheres passavam.

“No cursinho, existia uma organização de mulheres e um dia me convidaram para participar e ir à Marcha das Vadias, eu tinha 18 anos na época. A concentração era na Praça do Ciclista e nós íamos fazer cartazes lá, mas eu nem sabia o que escrever direito. Escrevi “Mulheres Livres” no meu. Na marcha eu percebi como aquelas mulheres eram articuladas e quis me aprofundar mais no assunto”.

No dia da matrícula na Cásper, Paula conheceu a Lisandra, e começou a participar das reuniões semanais que eram organizadas. “Achei demais, comecei a ter proximidade com temas que não dominava tão bem e conheci as meninas da Frente”. Em 2015, entrou para a frente de ação do coletivo “(…) eu mais recebi do que me doei”, conta. Foi onde começou a vivenciar o feminismo em um papel mais ativo para, em 2016, entrar de cabeça, organizando a Semana Mulher e Mídia e estimulando a discussão no ambiente virtual criado pela Lisandra.

Foto: Paula na mediação do cine-debate sobre o filme “As Sufragistas” | Acervo Pessoal

Hoje ela é responsável pelos eventos externos, ações e publicações na página, além dos “textões”, muito necessários, principalmente em certos momentos da vivência Casperiana. “Amo textão! Na Faculdade nunca sofri nenhum retalhamento, mas já fui rechaçada pela minha família e sofri ataques anônimos por causa de um texto sobre medicalizaçao dos corpos”.

“Eu já fui bem mais crítica, 8 ou 80, mas hoje eu acho que o mais importante é ocupar os espaços públicos. Hoje eu percebo que minha relação com o feminismo mudou, e o apoio de mulheres foi fundamental”. E depois da Faculdade? “Existem grupos grandes com os quais me identifico, mas não sei. Penso em cursar obstetrícia, porque é o curso mais feminista que existe, poder participar de uma revolução na saúde feminina.”

Foto: As Kardashians brasileiras! Paula, Érica (a mais velha) e Júlia (irmã gêmea) | Acervo Pessoal

Edição: Marcela Schiavon

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Julya Vendite

Casper Libero

Quanto mais o tempo passa, mais eu sou Monica Geller.
Giovanna Pascucci

Casper Libero '22

Estudante de Relações Públicas na Faculdade Cásper Líbero que ama animais e falar sobre séries.