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Rory Gilmore’s Reading List: leia os livros favoritos da protagonista de Gilmore Girls

The opinions expressed in this article are the writer’s own and do not reflect the views of Her Campus.
This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Se você já assistiu a pelo menos um episódio de Gilmore Girls – ou a todos, possivelmente mais de uma vez, o que é compreensível -, sabe que a série tem diálogos repletos de referências à cultura pop, especialmente a livros.

“Eu vivo em dois mundos, um deles é o mundo dos livros” – Rory Gilmore

Nossa protagonista mais nova, Rory, é uma leitora voraz. Em todo episódio, é possível vê-la com o rosto enfiado nas páginas. Assim, desde o ano 2000, a personagem vivida por Alexis Bledel vem incentivando muitas pessoas a criar o hábito da leitura.

Para ajudar aqueles que querem ler como uma garota Gilmore, um escritor australiano listou todas as obras vistas ou mencionadas na série, chegando ao impressionante número de 340 títulos. São diversos clássicos da literatura, ensaios, compilados de poesias, contos e muito mais. Você pode conferir a lista completa aqui.

Como fã do show, eu já li, comprei e tenho outros livros citados em minha lista – que, inclusive, imprimi para marcar todos os que já terminei. Por isso, aqui vão cinco recomendações minhas e das bibliotecas de Stars Hollow.

1. A abadia de Northanger – Jane Austen

Eu não poderia começar esta lista com outro que não fosse meu livro favorito. A Abadia de Northanger foi publicado após a morte de Jane Austen, em 1817, mas foi o primeiro livro que ela escreveu, quando ainda era jovem, entre os anos de 1798 e 1799. Nesse romance que satiriza a estética gótica tão presente na literatura da época, Austen nos apresenta uma protagonista com quem Rory certamente se identificou: Catherine Morland, uma garota de 17 anos viciada em ler histórias de terror.

“Aquele que, homem ou mulher, não sente prazer na leitura de um bom romance, deve ser insuportavelmente estúpido.” 

Obcecada com a ideia de viver uma aventura como nos livros que tanto ama, Catherine deixa seu pequeno vilarejo para ir à cidade de Bath. Lá, ela fará amizades (tanto verdadeiras quanto falsas), irá a bailes e – como é de se esperar – se apaixonará. Seu amor pelo Sr. Henry Tilney a levará até a Abadia de Northanger, um cenário típico de suas leituras, que a fará investigar um grande mistério.

E se você, assim como eu, é fã de Jane Austen, vai gostar de saber que três outros livros dela também são citados na série: Emma, Orgulho e Preconceito e Razão e Sensibilidade – já ficando aqui a recomendação dessas obras.

2. O Retrato de Dorian Gray – Oscar Wilde

Eu diria que O Retrato de Dorian Gray é, provavelmente, o livro com a escrita mais bonita que já li. Esse romance, publicado em 1891, começa com o belo jovem aristocrata que dá nome à obra sendo pintado por Basil Hallward. Ao mesmo tempo seu amigo, Lorde Henry Wotton, ao observar o encanto do quadro, convence Dorian Gray de que a beleza, o prazer e a juventude são os únicos aspectos da vida pelos quais vale a pena se viver.

Fascinado com a ideia, Dorian acaba fazendo um pacto ao desejar que o quadro envelheça em seu lugar. Ao perceber que seu retrato se degradava conforme sua alma se corrompia, ele decide escondê-lo no sótão – mas isso não conseguirá fazê-lo escapar das consequências do seu hedonismo.

O romance foi censurado na época de sua publicação por conter temas considerados imorais, como a libertinagem e a homossexualidade. Inclusive, Oscar Wilde passou dois anos preso pelo crime de sodomia. Até hoje, algumas editoras publicam a obra censurada, então procure por aquelas que sejam completas.

“Os livros que o mundo chama de imorais são livros que mostram ao mundo a sua própria vergonha.”  

3. O Morro dos Ventos Uivantes – Emily Brontë

Único livro escrito por Emily Brontë, esse romance gótico intenso e sombrio de 1847 é um dos maiores clássicos da literatura inglesa. Quando o Sr. Lockwood aluga uma residência na zona rural e decide conhecer o dono da propriedade – chamada Morro dos Ventos Uivantes – ele se depara com o frio e rígido Sr. Heathcliff. A partir daí, ele pede para que a governanta, Nelly, conte para ele a história obscura por trás da família que habitava aquela casa.

Aqui, nós conheceremos a história do amor obsessivo que o jovem Heathcliff nutria por sua irmã adotiva, Catherine Earnshaw, que é levada a uma série de eventos trágicos após ele não aceitar o casamento dela com Edgar Linton.

“Você disse que eu a matei: assombre, então! […] Fique sempre comigo, tome qualquer forma, e enlouqueça-me! Só não me deixe neste abismo em que não consigo encontrá-la.”

Apesar da narrativa pesada e dos personagens nada agradáveis – e, nisso, estou me referindo a todos eles, sem exceção – cujos nomes são sempre variações de Heathcliff, Catherine e Linton, O Morro dos Ventos Uivantes é capaz de tecer uma narrativa de tirar o fôlego. Somos imersos em uma sensibilidade de detalhes e descrições de cenário que fazem alusões diretas ao estado de espírito dos personagens, o que nos transporta instantaneamente à chuvosa e cinzenta Inglaterra provinciana.

4. Mulherzinhas – Louisa May Alcott

Quem não amou a adaptação deste clássico pelas mãos da diretora Greta Gerwig em 2019? Tenho certeza que a Rory teria adorado. Se você gostou do filme, tem que conferir o livro. Apesar das mudanças que tornaram a história mais atual, não deixa de contar as cativantes vivências das irmãs March.

Durante a Guerra Civil Americana, as quatro irmãs March foram criadas pela mãe enquanto o pai estava longe lutando. Com o percorrer da história, conhecemos mais sobre cada uma delas, acompanhando seus sonhos e amadurecimentos.

Meg, a mais velha, quer se casar e viver uma vida modesta e comum para as mulheres da época. Jo, quem talvez tenha um maior enfoque na narrativa, tem espírito livre, quer ser escritora e nega os papéis esperados para o feminino – quase um auto retrato da autora, Louisa May Alcott. Beth, a mais tímida, quer apenas viver tranquilamente e tocar seu piano. Por fim, Amy é a mais ambiciosa das irmãs, sonhando ser uma grande artista e ser rodeada pelo que há de melhor.

Tal qual o filme, o livro, muito à frente de seu tempo,  aborda a importantíssima ideia de que as mulheres não deveriam se limitar ao que a elas era imposto. Todas as suas experiências são válidas e constroem suas narrativas individuais.

“Não tenho medo de tempestades, pois estou aprendendo a navegar o meu barco.”

5. Jane Eyre – Charlotte Brontë

Por último, mas não menos importante, temos este romance de formação escrito pela inglesa Charlotte Brontë – sim, irmã da Emily. Nesta autobiografia fictícia, acompanhamos a protagonista homônima desde sua infância até a vida adulta. Órfã já no início da vida, ela passou seus primeiros anos morando com sua tia e primos. Entretanto, após uma série de desavenças, Jane Eyre é mandada para um colégio interno, onde amadurece e se torna professora. 

“Mesmo que o mundo inteiro a odiasse e a julgasse má, enquanto sua consciência estiver tranquila e isentá-la de culpa, você nunca haverá de ficar sem amigos.”

A história finalmente atinge seu ápice quando a jovem decide procurar outro emprego: consegue o cargo de tutora de uma garotinha francesa, Adèle, na casa Thornfield Hall, pertencente ao Sr. Rochester.

Como um típico romance gótico, temos narrações intensas, cenários bem descritivos e reviravoltas misteriosas. Você pode esperar um grande plot twist! Charlotte também conseguiu tratar com maestria diversos temas avançados para a época, como a emancipação da mulher e a crítica ao puritanismo. Jane Eyre é uma protagonista forte que, ainda que sendo quieta e reflexiva, almejava ir além das limitações do mundo.

Mas Rory não é a única leitora ávida de Stars Hollow. Se seu personagem favorito de Gilmore Girls é a Lorelai ou o Jess, vai adorar saber que eles também têm suas próprias listas de leitura!

Agora que você está cheio de recomendações, corra para a livraria ou biblioteca mais próxima e, assim como a Rory, carregue um livro em todo lugar que você for!

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O texto acima foi editado por Anna Goudard.

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Juliana Sanches

Casper Libero '25

A journalism student with a passion for books and words since a young age. I adore creating art and am very interested in culture, entertainment and music :)