Nossa infância é repleta de sonhos: desejamos ser a nossa atriz de cinema favorita, uma jogadora de futebol famosa, uma super-heroína e, na melhor das hipóteses, idealizamos histórias como a de Cinderela – que depois de tanto ser desprezada, finalmente encontra seu príncipe encantado e tem um final feliz. Quando crescemos vemos que essa fantasia não se realiza da noite para o dia e nem sempre acontece. Assim, quando temos a oportunidade de presenciar fatos como esse, nós voltamos a sonhar.
Em agosto de 2017 começaram as especulações de que o midiático Príncipe Harry estaria namorando. O membro da realeza britânica já era um velho conhecido da imprensa não só por sua posição, mas por uma série de escândalos que o rapaz protagonizou durante sua adolescência até o início da fase adulta. A jovem que conquistou o seu coração se chamava Meghan Markle, uma atriz norte-americana famosa por seu papel como Rachel Zane na série Suits.
A relação era mantida em segredo há cinco ou seis meses, apenas familiares e amigos mais próximos tinham conhecimento. O casal se conheceu através de um blind date, um encontro organizado por uma amiga em comum. Nenhum dos dois se conhecia: Harry nunca tinha ouvido falar da moça, já a atriz sabia de algumas coisas sobre ele devido a sua posição na realeza britânica. Do primeiro encontro veio o segundo e aos poucos os dois foram conciliando suas agendas e dando a oportunidade de se conhecerem. A escolha de manter o relacionamento longe dos holofotes também contribui para esse momento.
Image Credit: Instagram/theroyalfamily
A primeira aparição pública ocorreu no Invictus Games, em Toronto, no final de setembro de 2017. O evento era uma iniciativa apoiada e criada pelo próprio Harry que visava incentivar uma competição entre ex-soldados que de alguma forma foram debilitados durante o serviço. A partir desse momento, cada passo dado pela dupla era comentado: desde os gestos carinhosos e as mãos dadas, até a felicidade estampada em seus rostos. No entanto, alguns atos preconceituosos com a namorada do príncipe acabaram ofuscando de alguma forma o momento. Em um comunicado oficial, o jovem monarca pediu a imprensa respeito e que a perseguição a ela e sua família tivessem um fim – relembrando o episódio vivido por sua mãe que acabou em uma tragédia.
O povo britânico adotou o jovem casal: com o passar das semanas todos viam o relacionamento como uma espécie de modernização da monarquia que muitas vezes vivia do passado. Na manhã do dia 27 de novembro do mesmo ano as especulações se concretizaram, um comunicado oficial do Palácio de Kensington anunciou o noivado do casa: os dois apareceram juntos e sorridentes no jardim do palácio para dar alguns detalhes do pedido e mostrar o anel de noivado idealizado pelo próprio Harry.
No último sábado, 19 de maio, o esperado casamento real aconteceu cheio de surpresas e quebras de protocolos. No Brasil, a transmissão começou por volta das seis horas da manhã, 11 horas no horário do Reino Unido. Nomes como Oprah Winfrey, David Beckham, Serena Willians, Elton John, George Clooney, James Corden e do elenco da série Suits marcaram presença na longa lista composta por 600 convidados, que acompanharam a cerimônia da Capela de São Jorge em Windsor, na Inglaterra. Cerca de 2640 convidados foram escolhidos a dedo pelo serviço real para assistir a tudo pelos jardins do castelo, que tinha telões espalhados por toda sua extensão – destes, 1200 eram jovens que participavam de alguma iniciativa, trabalho filantrópico ou pelos seus atos heroicos.
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Meghan entrou sozinha na igreja, com um atraso de apenas três minutos, e se juntou a seu sogro no meio do percurso. Ela escolheu um vestido minimalista, moderno e elegante assinado pela estilista Clare Waight Keller, a primeira mulher a frente da direção criativa da marca francesa Givenchy. Seu véu era delicadíssimo: com cinco metros de tule de seda, continha um leve bordado de flores feito à mão,que representava a flora dos 53 países da Commonwealth. Meghan escolheu uma maquiagem leve que realçava suas sardas, o cabelo preso em um coque com alguns fios soltos e uma tiara de diamantes feita em 1932, emprestada pela Rainha Elizabeth que pertenceu à rainha Mary, mulher de Jorge V, trisavô do príncipe. Para finalizar, um buquê que continha uma das flores preferidas da Lady Di, peônias. Harry não escondia o seu encanto pela noiva, que estava deslumbrante.
A cerimônia durou cerca de uma hora e teve momentos emocionantes. A mãe de Meghan não conseguiu conter o choro durante o trajeto de sua filha até o altar. O discurso da irmã da Princesa Diana, o incrível coral gospel Kingdom Choir, liderado por Karen Gibson que fez um bela performance da música “Stand By Me” e as lindas palavras utilizadas durante a pregação do chefe da Igreja Episcopal norte-americana Michael Bruce sobre o amor.
Ao fim da cerimônia o casal seguiu para a porta da igreja onde, como esperado, deram o aguardado beijo e seguiram em um cortejo de cerca de meia hora pelas ruas de Windsor. As celebrações começaram em uma recepção oferecida pela própria rainha no Castelo de Windsor para os 600 convidados do casamento, seguida por outra organizada pelo príncipe Charles, ao final da tarde, em Frogmore House – para 250 convidados, algo mais íntimo.
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Para o segundo evento o casal trocou os trajes formais por um modelo mais leve: a Duquesa de Sussex surgiu com um lindo vestido de frente única assinado pela estilista Stella McCartney, um brinco mais chamativo e um anel azul de água-marinha do acervo pessoal de Diana. Já Harry veio com um visual a la James Bond de smoking. Ambos seguiram em um Jaguar Vintage para a festa pós–casamento. Ainda não há informações sobre a lua de mel do casal, que tem seu primeiro compromisso oficial nos próximo dia 22.