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Jornalismo Esportivo: Um Tiro Certeiro e Promissor

This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

 “Eu poderia, finalmente, falar e viver algo que eu me apaixonei”. Essa frase inspiradora da aluna do primeiro ano de jornalismo da Faculdade Cásper Líbero, Giovana Duarte, reflete a aspiração e o sonho das estudantes em tornarem-se jornalistas esportivas. A ideia de transformar a paixão pelo esporte e pela escrita em uma profissão é o sonho de muitas estudantes que acabaram de adentrar na faculdade. Juntando o útil ao agradável, a ambição das alunas em persuadir o jornalismo esportivo é, cada vez mais, uma meta a ser atingida e um fator para escolherem cursar graduação em jornalismo.

Essa faísca motivacional, em sua maioria, vem a partir de experiências pessoais responsáveis por impulsioná-las a aspirar pela profissão. Ao acompanhar os jogos e os campeonatos, Bianca Vendramini – também uma aluna casperiana de jornalismo – considerou essa uma das razões para ter se interessado mais sobre esportes e o jornalismo. Outra entrevistada do mesmo ano e curso, Carolina Burzaca, considerou ser influenciada por seu pai. “Quando eu cresci a gente passou a ir mais vezes no estágio. Sempre que conseguimos, vamos assistir ao jogo juntos. Acabou virando uma paixão para mim”, disse.

A paixão pelo time também é algo que move as estudantes. Marina Bufon – primeiro ano de Jornalismo na Cásper Líbero – considera que o Palmeiras, seu time do coração, a escolheu quando ela era criança. Até mesmo dentro da barriga! “Torcer para algum time move a paixão pelo esporte como um todo e, portanto, pela profissão”, relata. Indagada sobre a cobertura jornalística e a possibilidade desse amor pelo time atrapalhar a objetividade do jornalista e, também, a chance das emoções influenciarem o posicionamento do profissional, Marina considerou a importância de separar as coisas para tentar enxergar o esporte como um todo e não por uma camisa. Isso para ela é uma necessidade!

Como todas as profissões existem suas dificuldades, tratando-se do jornalismo esportivo, um dos expoentes que se destaca é o machismo presente nessa área. Recentemente o técnico do Internacional, Guto Ferreira, numa coletiva de imprensa após o jogo do Colorado com Luverdense, desrespeitou a repórter Kelly Costa em uma resposta considerada machista. Ela havia perguntado se Guto havia percebido as falhas técnicas do Inter após a partida e a reposta do técnico foi sexista: “Desculpe, eu não vou fazer essa pergunta para você, porque você é mulher e de repente não jogou (futebol)”, afirmou.

Carolina Burzaca, diante dessa notícia, desanimou-se. Ela contou para o Her Campus que ao colaborar para o programa de esporte da rádio Gazeta AM – No Vestiário de Quinta – percebeu como havia poucas mulheres no programa. Até mesmo ao perguntarem a ela o porquê do interesse no programa, ela abraçou a causa das mulheres. “Eu gostaria de contribuir nessa luta diária de nós, mulheres, que merecemos SIM o mesmo espaço e o mesmo respeito que os homens no mundo do esporte que hoje é, ainda muito, machista”.

Associar o esporte com um gênero é um ato problemático que implica em consequências não apenas para Guto, como para a sociedade toda. A postura do técnico refletiu os paradigmas com que as mulheres jornalistas se deparam na profissão, reforçando e – até mesmo apoiando – afirmações machistas. Afinal, ele é um influenciador e ofendeu Kelly por conta de seu gênero. Marina Bufon reforçou para o Her Campus “A mulher é encarada como alegoria no esporte, é como se ela não estivesse ali porque quer, mas sim para aparecer no meio dos homens”, relatou.

O impacto que atinge as calouras de jornalismo é canalizado por muita força de vontade de mudar a realidade na área esportiva. “Tem um longo caminho a ser percorrido, mas é essencial que não baixemos a cabeça. A questão aqui não é provar que nós mulheres entendemos de futebol; é uma questão e pensamento cultural arcaico que precisa ser abandonado o mais rápido possível”, posicionou-se Giovana Duarte.

Influenciadas por nomes como Fernanda Gentil, Renata Fan, e Paloma Tocci – grandes jornalistas esportivas – as quatro estudantes entrevistadas demonstraram uma grande vontade de mudar a realidade vigente. Esse é o mesmo motivo que elas conseguem tirar força e mirar para uma profissão como jornalistas esportivas. Elas não vão ser diminuídas por seu sexo. A luta diária continua e o sonho? Cada vez MAIOR.

Edição: Letícia Giollo

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Luiza Eltz

Casper Libero

Luiza Eltz studies journalism at Cásper Líbero. If you want someone to laught at everything that you say, that's your girl! Passionate by terrible jokes...Seriously. A "great" sense of humor, I promise you that. She loves memes and thinks that the world should communicate through them. She LOVES signs, yes, she will ask to see your astrology chart, be prepared! Oh, Luiza's sign is aquarius! Feminist, she tries to fight against opression in her writing. Her addictions are: grey's anatomy, cats and pizza!
Giovanna Pascucci

Casper Libero '22

Estudante de Relações Públicas na Faculdade Cásper Líbero que ama animais e falar sobre séries.